Prisão de Bolsonaro incomoda moradores de condomínio; veja prints
Apoiadores do ex-presidente se concentram em frente ao condomínio de alto padrão; vizinhos reclamam de barulho e pedem transferência
A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem gerado grandes debates entre moradores do condomínio Solar de Brasília, localizado no Jardim Botânico, área nobre da capital federal. O desconforto surgiu após a presença constante de apoiadores em frente ao local, com gritos, buzinaços, cornetas e aglomerações que passaram a fazer parte da rotina da vizinhança.
Em prints divulgados nas redes sociais, reclamações foram feitas em um grupo de WhatsApp intitulado “Assuntos Gerais Solar BSB”, criado por moradores do condomínio. Desde a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou a prisão domiciliar na última segunda-feira (4), o entorno do condomínio passou a ser monitorado por equipes policiais.
“Se armarem acampamentos, estamos ferrados. Ninguém entra mais”, comentou um dos participantes do grupo.

Outro morador sugeriu que Bolsonaro fosse transferido para um presídio: “Podia levar de uma vez para a Papuda. Ele vai pra lá mesmo, não é? Ao menos dá logo sossego pra gente e para mais 200 milhões”, escreveu, recebendo apoio de outros sete integrantes do grupo.

O ex-presidente teve a prisão decretada após participar virtualmente de manifestações no domingo (3), em que pediu anistia e fez ataques ao STF. Bolsonaro participou por videochamada de dois atos: um em Copacabana, no Rio de Janeiro, ao lado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e outro em São Paulo, com o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Com a decisão judicial, o ex-presidente está proibido de deixar a residência e só pode receber visitas previamente autorizadas pelo ministro. Bolsonaro vive com a esposa, Michelle Bolsonaro, em imóvel alugado no Solar de Brasília. Ambos atuam atualmente no Partido Liberal (PL), presidido por Valdemar Costa Neto.