Após denunciar o influenciador fitness Glauber Sousa por violência doméstica, a cantora goiana Havena recebeu mensagens de outras mulheres que afirmam ter vivido situações parecidas. Os relatos incluem asfixia até a perda de consciência, agressões repetidas, internações hospitalares e lesões graves.

Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, contou que foi asfixiada até desmaiar e agredida diversas vezes. “Vivi tudo que você imagina! Ele me asfixiou até eu perder a consciência e me bateu inúmeras vezes”.

Outra, amiga de uma ex-namorada de Glauber, disse que a amiga passou pelo mesmo tipo de violência e precisou ser levada ao hospital. “Ele desmaiou ela, com isso, fez parar no hospital”

Já uma terceira vítima enviou um áudio dizendo ter sofrido agressões físicas e psicológicas: segundo ela, chegou a acordar caída debaixo do chuveiro após ser asfixiada, e os golpes foram tão fortes que chegaram a machucar seu pâncreas.

Havena, cujo nome verdadeiro é Jessika Havena Matos Rodrigues, publicou fotos e vídeos mostrando marcas das agressões. Ela afirma que Glauber deu socos, tapas, puxões de cabelo e a enforcou até que perdesse a consciência. Também relatou ameaças, violência psicológica e verbal.

“Eu pedia, pelo amor de Deus, para ele parar, que eu estava sem ar. Ele não parava. Puxou meu cabelo, bateu minha cabeça na parede e eu perdi a consciência”, disse. Segundo a cantora, o caso aconteceu no dia 21 de julho, no Setor Universitário, em Goiânia, quando ela estava grávida do filho do casal.

Audiência de custódia

A audiência de custódia de Glauber Samuel Sousa Melo aconteceu no dia 22 de julho de 2025, às 14h. No início, ele foi informado de que não era obrigado a responder às perguntas e que tinha direito de falar reservadamente com seu advogado. As algemas foram retiradas conforme determina a lei.

O Ministério Público pediu que a prisão em flagrante fosse validada, mas defendeu que Glauber respondesse em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições. A defesa concordou.

A juíza validou a prisão em flagrante, mas decidiu liberar Glauber sem fiança, desde que ele cumpra medidas cautelares, como:

• Respeitar as medidas protetivas a favor da vítima;

• Comparecer a todos os atos do processo quando for chamado;

• Não cometer novos crimes enquanto o processo estiver em andamento;

• Manter seu endereço atualizado na Justiça.

Um alvará de soltura foi expedido, e Glauber foi liberado logo depois, a menos que houvesse outra ordem de prisão. A Patrulha Maria da Penha foi avisada da decisão.

Em nota, Glauber Sousa disse que seu departamento jurídico está cuidando do caso e que pretende se pronunciar em breve. “Divulgarei minha manifestação oficial e permanecerei à disposição para esclarecimentos”, declarou.

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