Café moído registra primeira queda de preço em 1 ano e meio no Brasil
A queda nos preços em julho, segundo o IBGE, teve início pela colheita do café, aumentando a oferta do produto no mercado
Pela primeira vez em um ano e meio, o preço do café moído caiu no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho, o produto ficou 1,01% mais barato, após uma sequência de 18 meses seguidos de aumentos que somaram quase 100%.
Apesar da queda no mês, o café ainda acumula alta de 41,46% em 2025 e de 70,51% nos últimos 12 meses. Mesmo assim, a notícia do recuo já cria expectativa nos consumidores que vinham sentindo o bolso pesar nas compras do supermercado.
A queda nos preços em julho, segundo o IBGE, teve início pela colheita do café, aumentando a oferta do produto no mercado, com isso faz com que o preço tende a baixar.
Essa maior oferta acontece porque, com a colheita, mais grãos chegam aos armazéns e supermercados, o que ajuda a equilibrar a relação entre oferta e demanda. Quando isso acontece, a pressão nos preços diminui, e o consumidor pode começar a sentir alívio no bolso.
Nos 18 meses de alta, o café sofreu com problemas climáticos, como secas e geadas, que prejudicaram a produção. Além disso, a demanda mundial aumentou, especialmente na China, que vem consumindo mais café.
Se os produtores brasileiros não conseguirem vender para outros países por causa da nova tarifa americana, a oferta interna pode aumentar ainda mais, o que pode levar a novas quedas de preço nos próximos meses.
Nos últimos 18 meses, o preço do café subiu muito por conta de problemas climáticos que afetaram a produção e também pelo aumento da demanda internacional, especialmente da China, que passou a consumir mais café.
No Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação, o café ainda tem forte impacto. Ele é o segundo item que mais pesou na inflação dos últimos 12 meses, perdendo apenas para as carnes.
Se a oferta continuar alta, a expectativa é que os preços sigam em queda nos próximos meses, especialmente se os produtores não conseguirem vender para outros países além dos Estados Unidos, que agora cobram mais caro para importar o grão.