Exercício reduz risco de recidiva, aponta estudo
Pesquisa internacional indica que atividade física moderada prolonga período livre de doença e diminui mortalidade em pacientes com câncer de cólon
Um estudo publicado no New England Journal of Medicine revelou que exercícios moderados, como caminhada acelerada ou corrida leve três a quatro vezes por semana, têm impacto na prevenção da recidiva e no surgimento de novos tumores em pacientes tratados de câncer de cólon. A pesquisa acompanhou 889 pessoas, entre 2009 e 2024, em 55 localidades, a maioria no Canadá e na Austrália, todas submetidas previamente a cirurgia e quimioterapia para tratar a doença em estágio localmente avançado.
Os participantes foram divididos em dois grupos: o controle, com 444 pessoas que receberam apenas orientações gerais sobre saúde, e o grupo-exercício, com 445 integrantes que seguiram, durante três anos, um programa rigoroso de atividade física. Após oito anos de acompanhamento, os resultados mostraram que 80% do grupo que se exercitou permaneceu livre da doença, contra 74% do grupo-controle.
A mortalidade total também foi menor entre os fisicamente ativos: 41 mortes, contra 66 no grupo sem o programa. A taxa de óbitos por câncer foi de 10% entre os que praticaram exercício, ante 17% no grupo-controle. Além disso, a incidência de outros tipos de câncer apresentou queda expressiva. Entre as mulheres, o diagnóstico de câncer de mama ocorreu em 0,4% das que se exercitavam, contra 2,7% no grupo-controle. Nos homens, a taxa de câncer de próstata foi de 1% contra 2%, respectivamente.
Os benefícios não se deveram à perda de peso, já que não houve diferença relevante no índice de massa corporal entre os grupos. Isso reforça a hipótese de que as mudanças metabólicas e fisiológicas provocadas pela atividade física, como melhora da circulação, fortalecimento muscular e aumento da oxigenação, desempenham papel protetor direto contra a progressão da doença.
O estudo supera limitações de pesquisas anteriores, que apontavam associações semelhantes, mas careciam de controle rigoroso. As evidências indicam que a prática regular de atividade física é uma aliada comparável, em impacto, à quimioterapia adjuvante no tratamento do câncer de cólon.
Os autores alertam, no entanto, que o exercício não substitui terapias convencionais. No trabalho, todos os pacientes receberam quimioterapia após a cirurgia, e os efeitos benéficos foram cumulativos. Integrar movimentos simples e regulares à rotina pode ampliar a sobrevida, reduzir o risco de novos tumores e oferecer ganhos na saúde de sobreviventes de câncer.
desequilíbrio do fim de ANO
práticas terapêutica
presença feminina
APRESENTAÇÕES DE GRAÇA!
"TELMA DA BABILÔNIA"
EM JANEIRO
ASTROS
PREVISÃO DO TEMPO