Transplante capilar entra em nova era com métodos menos invasivos
o transplante capilar envolvia a retirada de extensas faixas do couro cabeludo, o que limitava a aceitação do procedimento
Durante muito tempo, o transplante capilar envolvia a retirada de extensas faixas do couro cabeludo, o que limitava a aceitação do procedimento. No entanto, nas últimas duas décadas, avanços significativos redefiniram os parâmetros de segurança, precisão e recuperação no campo da restauração capilar. De acordo com uma revisão publicada no Journal of Cutaneous and Aesthetic Surgery, conduzida por pesquisadores do centro clínico DermaClinix, em Nova Déli, a prática médica entrou em uma nova era, marcada por técnicas menos invasivas e maior sofisticação tecnológica.
Entre as inovações destacadas no estudo está o uso de dispositivos em formato de caneta, que realizam a extração fio a fio na área doadora para posterior implantação nas regiões com falhas. Esses instrumentos modernos permitem ajustes conforme as características do couro cabeludo e dos fios, como tipo de pele, espessura e textura, e operam com diferentes movimentos, como rotação, vibração e oscilação, aumentando a precisão da coleta.
Segundo os autores, as chamadas “canetas extratoras” proporcionam uma série de benefícios: minimizam o risco de danos aos folículos, aceleram o processo de retirada dos fios e reduzem o sangramento e as cicatrizes na área doadora, que se tornam quase imperceptíveis após o procedimento. A técnica descrita no artigo baseia-se no método Follicular Unit Extraction (FUE), atualmente uma das abordagens mais recomendadas para tratar casos de alopecia androgenética, a calvície hereditária, e também indicada para outras formas de perda capilar, como alopecias autoimunes (a exemplo da areata), correção de cicatrizes ou falhas que não responderam ao tratamento clínico.
Uma das variações mais modernas do FUE é o FUE Long Hair, que permite a realização do transplante sem a necessidade de raspar os cabelos do paciente. Nesse modelo, as unidades foliculares são transferidas mantendo o comprimento dos fios da área doadora, o que contribui para preservar a aparência natural e reduzir o impacto visual imediato da intervenção.
Essas inovações, segundo os pesquisadores indianos, não apenas tornam o transplante capilar mais acessível e seguro, como também ampliam suas possibilidades estéticas, atendendo a um público cada vez mais exigente e preocupado com resultados discretos e eficazes.