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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
ALERTA

3 em cada 5 mulheres estão mais propensas a aneurisma cerebral, alerta especialista

Campanha Agosto Azul e Vermelho destaca sinais, prevenção e tratamento precoce da doença silenciosa que pode ser fatal

Thais Airespor Thais Aires em 21 de agosto de 2025
aneurisma

O mês de agosto traz mais uma campanha de saúde voltada para a conscientização: o Agosto Azul e Vermelho, que destaca as doenças vasculares, entre elas o aneurisma cerebral. A condição, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta de 10 a 15 pessoas a cada 100 mil habitantes e pode trazer consequências graves quando não diagnosticada a tempo.

O aneurisma cerebral é caracterizado por uma dilatação anormal em uma artéria do cérebro. Esse aumento pode passar despercebido por anos até que ocorra o rompimento, momento em que provoca hemorragia e pode causar sérios danos ao organismo. “O aneurisma ocorre quando a parede do vaso sanguíneo enfraquece, formando uma espécie de bolsa que pode estourar a qualquer momento,” explica o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola. “Quando isso acontece, ocorre uma hemorragia subaracnoide, que provoca aumento da pressão intracraniana e pode levar a danos irreversíveis.”

Sintomas exigem atenção imediata

Por se desenvolver de forma silenciosa, muitas pessoas desconhecem que possuem aneurisma até que haja a ruptura. A OMS aponta que mulheres são as mais atingidas, na proporção de três casos para cada dois homens. A doença é mais comum entre os 35 e 60 anos, mas também pode surgir em crianças.

Entre os sinais de alerta que podem indicar a necessidade de avaliação médica estão dor de cabeça súbita e intensa, visão dupla, perda de equilíbrio, confusão mental e rigidez no pescoço. “Dores de cabeça muito fortes, acompanhadas de náuseas e outros sintomas neurológicos, merecem atenção imediata,” orienta Victor.

As causas mais associadas ao surgimento do aneurisma incluem hipertensão arterial, tabagismo, predisposição genética e alterações nas paredes das artérias. De acordo com o neurocirurgião, adotar hábitos saudáveis é uma forma de reduzir os riscos: “Controlar a pressão arterial, evitar o tabagismo e realizar exames preventivos são medidas essenciais para reduzir a chance de desenvolvimento do aneurisma.”

Diagnóstico e tratamentos disponíveis

Para confirmar a presença de um aneurisma cerebral, os médicos recorrem a exames de imagem. Os mais comuns são a angiotomografia e a angiorressonância magnética, considerados menos invasivos e capazes de detalhar as artérias do cérebro. Em alguns casos, a angiografia cerebral pode ser indicada para confirmar o diagnóstico e definir o tratamento mais adequado.

O procedimento a ser adotado depende do tamanho e da gravidade do aneurisma. “Aneurismas pequenos podem ser acompanhados clinicamente, mas os de maior risco exigem intervenção cirúrgica, por clipagem ou embolização endovascular,” detalha o especialista.

A campanha Agosto Azul e Vermelho reforça que o diagnóstico precoce é essencial para salvar vidas. Procurar atendimento diante de sintomas suspeitos e manter os fatores de risco sob controle estão entre as principais recomendações médicas. “Ficar atento aos sintomas, manter hábitos saudáveis e buscar atendimento médico rápido são atitudes que fazem toda a diferença,” conclui o neurocirurgião.

 

 

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