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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
CONCLUSÃO

Chacina de Cavalcante: dois PMs são condenados e cinco absolvidos em júri popular

Julgamento em Goiânia terminou com penas de até 13 anos de prisão

Micael Silvapor Micael Silva em 21 de agosto de 2025
O crime ocorreu em 2022, em uma propriedade rural na cidade da Chapada dos Veadeiros, e resultou na morte de quatro trabalhadores rurais. Foto: Reprodução/ Polícia Civil
O crime ocorreu em 2022, em uma propriedade rural na cidade da Chapada dos Veadeiros, e resultou na morte de quatro trabalhadores rurais. Foto: Reprodução/ Polícia Civil

O júri popular do caso conhecido como “Chacina de Cavalcante” terminou na madrugada desta quinta-feira (21), em Goiânia, com a condenação de dois policiais militares e a absolvição de outros cinco. O crime ocorreu em 2022, em uma propriedade rural na cidade da Chapada dos Veadeiros, e resultou na morte de quatro trabalhadores rurais.

O sargento Aguimar Prado de Morais foi condenado a 13 anos e 9 meses de prisão em regime fechado pelo homicídio qualificado de Antônio da Cunha Fernandes, de 35 anos. Já o soldado Luís César Mascarenhas Rodrigues recebeu pena de 6 anos em regime semiaberto pela morte de Saviano Souza, de 63 anos. Ambos podem recorrer da decisão.

Segundo a sentença, Aguimar comandou a operação “sem planejamento, com informações distorcidas acerca das vítimas; resultando numa ação criminosa e morte”. O juiz Lourival Machado da Costa destacou que a execução de Antônio ocorreu após os policiais invadirem a propriedade, simulando uma operação.

Foram absolvidos os sargentos Mivaldo José Toledo, o cabo Jean Roberto Carneiro dos Santos e os soldados Ítallo Vinícius Rodrigues de Almeida, Welborney Kristiano Lopes dos Santos e Eustáquio Henrique do Nascimento, que haviam sido denunciados pelas mortes de Ozanir Batista da Silva (Jacaré), de 46 anos, e Alan Pereira Soares, de 28 anos.

O crime

A chacina aconteceu na chácara de Saviano Souza, alvo da ação policial, e deixou quatro mortos: Saviano, Ozanir, Alan e Antônio. A perícia constatou 58 disparos de arma de fogo. Os PMs também foram acusados de fraude processual.

De acordo com a investigação, a operação teria sido motivada por denúncias de plantio ilegal de maconha na região.

O julgamento foi transferido para Goiânia para garantir a imparcialidade dos jurados e contou com a oitiva de 13 testemunhas.

Leia mais:Relembre o caso da chacina de Cavalcante que levou sete policiais ao banco dos réus

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