O Governo de Goiás repassou R$ 477 milhões ao Ipasgo Saúde para garantir a continuidade e a qualidade dos serviços prestados aos beneficiários. O aporte foi sancionado pelo governador Ronaldo Caiado após aprovação da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e atende determinação da Lei nº 21.880, que obriga o Estado a cobrir eventuais déficits da operadora.

De acordo com o presidente do Ipasgo Saúde, Bruno D´Abadia, o equilíbrio financeiro é indispensável para que a instituição cumpra as exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “O pagamento dos prestadores, por exemplo, está absolutamente em dia”, afirmou. A rede credenciada conta com mais de 4,4 mil prestadores, incluindo 381 clínicas, 186 laboratórios e 174 hospitais.

O valor repassado ficou abaixo do previsto para 2025. Segundo a Gerência de Planos e Convênios do Ipasgo Saúde, a necessidade anual seria de aproximadamente R$ 579 milhões. A administração ressalta que, mesmo com aumento do número de procedimentos em comparação a 2024, o déficit não cresceu.

A atual gestão considera que a sustentabilidade do instituto depende de mudanças no modelo de contribuição. Os antigos planos, básico e especial, não possuíam equilíbrio atuarial, o que gerava insuficiência de receitas frente às despesas, especialmente diante do envelhecimento dos usuários e da alta sinistralidade.

Novos produtos

Como parte da reestruturação, em 2025 foram lançados os planos Cerrado e Família. Eles ampliam a cobertura para mais de 1,9 mil procedimentos, incluindo terapias complexas, e trazem inovações como coparticipação limitada a R$ 150 por procedimento e possibilidade de inclusão de novos dependentes, como pais, irmãos, sogros e sobrinhos.

“O Ipasgo está evoluindo e essa mudança representa um compromisso real em oferecer um cuidado cada vez mais completo e vantajoso”, destacou Bruno D´Abadia.