MP que amplia gratuidade na conta de luz pode perder validade se não for pautada
Prazo para deliberação de medida que altera regras do setor elétrico vence dia 17 de setembro
Nesta sexta-feira (22), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou ter conversado com mais de 20 parlamentares na tentativa de sensibilizá-los sobre a importância da Medida Provisória que amplia a gratuidade na cobrança de energia. O texto prevê descontos para cerca de 55 milhões de brasileiros e isenção total da conta de luz para outros 60 milhões, segundo dados do governo.
A MP corre o risco de perder a validade no Congresso Nacional, já que ainda não entrou na pauta. O prazo final para que os parlamentares deliberem sobre a matéria é no dia 17 de setembro. Em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) assinou a medida provisória em cerimônia no Palácio do Planalto.
Interlocutores do Planalto relataram que a única parte pacificada na medida provisória se refere à tarifa social. Os demais tópicos da MP, que tratam, por exemplo, da abertura do mercado livre de energia, não têm consenso.
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“Essa conta não fecha”, apontou um parlamentar. Ao ser questionado se o governo trabalha em alguma medida para manter a tarifa social em um cenário hipotético no qual a MP caduque, Silveira respondeu positivamente.
“A compreensão que nós temos é que a tarifa social está garantida, porque os contratos estão já aditivados durante o período da medida provisória, mas para que ela seja permanente é importante a aprovação da medida, e nós só podemos, pelo princípio da anualidade, analisar uma nova MP ano que vem”, afirmou o ministro. (Especial para O HOJE)