O Brasil alcançou no último sábado (23) o maior resultado de sua história na ginástica rítmica. Na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro, a equipe nacional conquistou a medalha de prata na prova do grupo geral do Mundial, com 55.250 pontos. O feito é inédito para o país e também para as Américas, consolidando o avanço técnico da modalidade em nível internacional.

O conjunto formado por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves abriu a disputa com a apresentação mista de três bolas e dois arcos. Embalada pelo clássico sertanejo “Evidências”, a série rendeu 27.850 pontos, a maior nota da temporada do time nesse aparelho. Na sequência, a equipe se apresentou com cinco fitas, alcançando 27.400 pontos e consolidando a soma que assegurou a prata.

O desempenho garantiu ao Brasil vaga em duas finais por aparelhos. Neste domingo (24), as ginastas voltam ao tablado para disputar medalhas novamente com cinco fitas e na prova mista de bolas e arcos. A classificação reforça a consistência técnica da equipe e projeta novas possibilidades para o país em competições internacionais.

Na disputa pelo ouro, o Japão somou 55.550 pontos, superando as brasileiras por apenas três décimos. A Espanha completou o pódio com 54.750 pontos. Atual campeã olímpica, a China terminou em quarto lugar.

Além do resultado coletivo, a participação brasileira foi marcada pela despedida de Barbara Domingos, principal nome individual do país nos últimos anos. A ginasta encerrou a carreira no Mundial com o décimo lugar geral, melhor posição já alcançada por uma atleta brasileira, superando seu próprio recorde de 11º lugar obtido em 2023.

O desempenho em casa reforça o avanço técnico e competitivo da ginástica rítmica nacional, que deixa de ser apenas uma presença em finais para consolidar-se como potência. A medalha inédita simboliza o esforço de uma geração que ampliou o alcance do esporte no Brasil e abriu caminho para novos feitos no cenário mundial.