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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Saúde

Terapia hormonal pode garantir mais saúde às mulheres com menopausa antecipada

Especialista defende início imediato da reposição como medida preventiva contra doenças cardiovasculares, osteoporose e declínio cognitivo

Luana Avelarpor Luana Avelar em 24 de agosto de 2025
mulher mais velha triste no sofa 1

A menopausa precoce, que ocorre antes dos 40 anos, atinge aproximadamente uma em cada dez mulheres e está associada a riscos ampliados de osteoporose, problemas cardiovasculares, declínio cognitivo e ganho de peso. Para o médico Fernando França, idealizador do Movimento Longevidade Brasil, a reposição hormonal iniciada logo no início da falência ovariana deve ser compreendida como uma medida preventiva de impacto profundo na saúde feminina.

“A terapia hormonal, quando bem indicada e monitorada, reduz riscos cardiovasculares, preserva massa óssea, ajuda a manter a saúde cerebral e melhora a qualidade do sono e da vida sexual”, afirma França. “Para mulheres que entram na menopausa precoce, iniciar o tratamento rapidamente é ainda mais estratégico para prevenir o envelhecimento acelerado do organismo”.

Esse período inicial é conhecido como “janela de oportunidade”, expressão que resume a fase em que o organismo responde de forma mais eficaz à reposição. Estudos recentes demonstram que, quando iniciada nesse momento, a terapia proporciona maior proteção vascular e óssea, além de reduzir as chances de efeitos adversos observados em tratamentos iniciados tardiamente. França ressalta que não há um protocolo único: “O segredo está na personalização: cada mulher deve ter seu tratamento ajustado de acordo com histórico clínico, exames e necessidades individuais”.

A proposta defendida pelo médico ultrapassa a visão limitada de controle dos sintomas. Os chamados fogachos, as alterações de humor e a irregularidade do sono são apenas a superfície de um processo que pode acelerar doenças e comprometer a vitalidade. “Ao tratarmos os sintomas da menopausa desde o início, conseguimos preservar funções vitais e proteger o corpo contra doenças que poderiam se manifestar mais cedo. Não se trata apenas de aliviar calorões e alterações de humor, mas de garantir vitalidade e saúde a longo prazo.”

A relevância do tema cresce em um país onde a expectativa de vida feminina supera 80 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). França aponta que a medicina da longevidade precisa ser entendida como política preventiva, capaz de reduzir o peso das doenças crônicas no sistema de saúde e ampliar a qualidade de vida da população.

Para o médico, discutir menopausa precoce é também discutir futuro: não apenas das mulheres que enfrentam a condição, mas da sociedade que precisa se preparar para o envelhecimento populacional.

 

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