Uma nova onda estética ganhou força entre as celebridades internacionais. Figuras como Blac Chyna, Kylie Jenner, Courteney Cox e Madonna passaram a exibir feições mais suaves e menos volumizadas. O fenômeno, apelidado de glow-down, marca a reversão de preenchimentos faciais acumulados ao longo dos anos e simboliza uma guinada no imaginário coletivo: a busca agora é por identidade preservada e aparência mais leve.

Para o cirurgião plástico Dr. Tristão Maurício, especialista em procedimentos faciais, essa tendência é mais do que moda passageira. Representa uma mudança no modo como homens e mulheres se relacionam com a própria imagem. “O mercado da estética passou anos apostando em preenchimentos como solução para tudo. Mas a verdade é que, com o tempo, o rosto perde estrutura, e o acúmulo de produtos pode distorcer as proporções naturais”, avalia.

Segundo o médico, o equívoco não está na aplicação de injetáveis em si, que têm função importante e resultados pontuais, mas no uso prolongado. “Chega um momento em que não se trata mais de preencher, mas sim de reposicionar. Quando há flacidez, queda dos tecidos profundos e apagamento dos contornos faciais, é preciso devolver estrutura com técnica, e não com volume”, destaca.

Nesse contexto, o chamado Deep Plane Facelift tem sido citado por especialistas como uma das técnicas em evidência nas discussões sobre rejuvenescimento facial. O procedimento, de abordagem profunda, atua em músculos, gordura e ligamentos da face e do pescoço. É necessário ressaltar que se trata de uma cirurgia indicada apenas em casos específicos e que não deve ser vista como alternativa universal. O alerta é para que a busca por juventude não se transforme em excesso: resultados artificiais podem surgir justamente quando se tenta apagar por completo os sinais do tempo.

A procura pelo método tem crescido entre homens e mulheres a partir dos 40 anos, especialmente aqueles que buscam resultados duradouros e discretos. “Hoje, o elogio que os pacientes mais gostam de ouvir é: ‘você está bem, descansado, mais leve’ e não ‘o que você fez no rosto?’”, completa o especialista.