O Corinthians enfrenta uma situação financeira delicada que está impactando diretamente sua atuação no mercado de transferências. O clube precisa desembolsar cerca de R$ 40 milhões ao Santos Laguna, do México, para suspender o transfer ban imposto pela Fifa. O valor, que inicialmente era de R$ 33,4 milhões, subiu devido aos juros anuais de 18% aplicados desde a decisão desfavorável em maio do ano passado.
De acordo com o presidente Osmar Stabile, o clube paulista não tem a quantia disponível em caixa e tenta negociar um parcelamento da dívida. A proposta mais recente do Corinthians previa o pagamento de 70% à vista, mas os mexicanos sinalizaram que aceitam apenas se 90% for pago de imediato.
Com o impasse, o Timão pediu apoio à Fifa na tentativa de intermediar uma solução. O clube argumenta que está em processo de reestruturação financeira e utiliza o Regime Centralizado de Execuções (RCE) como evidência de seu esforço para organizar as contas.
— Nós apresentamos mais de três propostas ao Santos Laguna. Levamos também o caso à Fifa, que compreendeu nossa situação e intermediou um contato. O clube mexicano já respondeu e estamos aguardando uma definição — afirmou Stabile. — O problema agora está nas mãos da Fifa. Se for decidido que o pagamento integral é necessário, teremos que correr atrás dos recursos.
Segundo o dirigente, além dos R$ 6,6 milhões em juros, há ainda aproximadamente R$ 6 milhões em impostos para viabilizar a transferência do valor ao exterior. Somando tudo, o montante chega a R$ 40 milhões.
A diretoria corre contra o tempo para resolver a questão, já que a janela de transferências no Brasil se encerra na próxima segunda-feira. Até o momento, o clube contratou apenas o atacante Vitinho, e mantém conversas para tentar trazer o norte-americano Agustin Anello, atualmente no Boston River, do Uruguai.