Animação sul-coreana se torna o filme mais assistido da Netflix
Com 236 milhões de visualizações, “Guerreiras do K-Pop” ultrapassa recordes da plataforma e consolida a presença da cultura pop sul-coreana como força global
O K-pop saiu dos palcos para conquistar o coração do streaming. A animação musical Guerreiras do K-Pop acaba de quebrar um marco inédito: tornou-se o filme em inglês mais popular da história da Netflix, somando 236 milhões de visualizações desde sua estreia em 20 de junho. Apenas na última semana, o longa alcançou mais de 25 milhões de reproduções e manteve-se no topo do ranking global da plataforma.
O fenômeno ultrapassou as telas. No Brasil, país que há anos integra a rota de shows de grupos coreanos, a produção mobilizou redes sociais e gerou mais de 114 mil menções desde a estreia. A recepção calorosa não se limitou à estética vibrante da animação: a trilha sonora, adaptada para o português e dublada por artistas locais, ganhou status de hit. O destaque fica para a canção “Meu Pequeno Guaraná”, que rapidamente se tornou uma das preferidas do público nacional.
Quatro músicas da trilha original entraram simultaneamente no Top 5 da Billboard: “Golden”, no primeiro lugar, seguida por “Soda Pop”, “Your Idol” e “How It’s Done”. O feito demonstra a capacidade de Guerreiras do K-Pop de ultrapassar a barreira do audiovisual e posicionar-se como um produto cultural completo, em sintonia com a indústria fonográfica global.
A dimensão do fenômeno levou a Netflix a organizar sessões especiais nos cinemas de Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Irlanda, Austrália e Nova Zelândia. No último fim de semana, o chamado Sing-Along Event — exibições voltadas a transformar a sala de cinema em uma experiência coletiva de karaokê — ocupou 2.180 salas. Só nos EUA e no Canadá, mais de 1.300 sessões tiveram lotação esgotada.
O êxito de Guerreiras do K-Pop confirma um movimento maior: a centralidade do pop sul-coreano no imaginário global contemporâneo. O que começou como um gênero musical de nicho hoje mobiliza milhões de espectadores, fãs e ouvintes, expandindo fronteiras e moldando tendências culturais no Ocidente. Ao transformar um filme em fenômeno, o título evidencia como o entretenimento já não se limita a uma tela, mas transborda em direção a playlists, palcos e redes sociais, desenhando um mapa cultural cada vez mais conectado.