Megaoperação mira esquema bilionário do PCC em combustíveis com foco em Senador Canedo
Receita Federal e Gaeco identificam fraudes em combustíveis e sonegação de R$ 7,6 bilhões em Goiás e outros sete estados
A Receita Federal e o Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagraram nesta quinta-feira (28) a operação Carbono Oculto, considerada uma das maiores ações já realizadas contra o crime organizado no Brasil.
O esquema investigado envolve sonegação fiscal, adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro, supostamente comandado por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Senador Canedo, em Goiás, se tornou o epicentro da ação, concentrando dez mandados de busca e apreensão. A cidade abriga diversas distribuidoras e indústrias ligadas ao setor de combustíveis, tornando-se estratégica para a investigação. As autoridades apontam que o grupo criminoso movimentou bilhões e que a atuação local foi essencial para desarticular o esquema.
Além da atuação em Senador Canedo, a operação se estendeu a outros sete estados, com mais de 1.000 postos de combustíveis envolvidos em todo o país. Mais de 300 desses estabelecimentos já foram identificados como participantes diretos do esquema de fraude e sonegação. A Receita Federal estima que o total de impostos federais, estaduais e municipais não pagos supere R$ 7,6 bilhões.
O Gaeco e a Receita Federal mobilizaram 15 agentes de segurança, dois promotores de justiça, 12 policiais militares e oito auditores fiscais em Goiás, demonstrando a complexidade da ação.
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