Novos casos e morte por Leishmaniose no Estado acendem alerta
Com 13 registros em humanos e mais de 300 em cães, doença mantém índices semelhantes aos do ano passado
Em 2025, Goiás já contabiliza 13 casos de Leishmaniose Visceral Humana (LVH), incluindo um óbito, além de 334 registros da versão canina da doença (LVC). Os números se aproximam do cenário do ano anterior, quando foram confirmados 15 casos em pessoas, também com morte, e 555 em cães.
No caso da Leishmaniose Tegumentar (LT), o panorama é considerado estável, com 308 notificações em 2024 e 142 neste ano. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), que reforça a necessidade de atenção constante.
A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida por insetos flebotomíneos, conhecidos como mosquito-palha. Os cães são os principais reservatórios da Leishmaniose Visceral, por isso o controle da enfermidade nos animais é fundamental para reduzir a transmissão.
Entre os sintomas nos cães estão febre intermitente, emagrecimento, apatia, lesões de pele, úlceras no focinho e orelhas, conjuntivite e crescimento exagerado das unhas. Nos humanos, a forma visceral pode provocar febre prolongada, anemia, palidez, inchaço abdominal, falta de apetite e perda de peso. Já a forma cutânea tende a causar feridas na pele e, em alguns casos, lesões inflamatórias em mucosas.
Como medidas de prevenção, a SES-GO orienta a população a manter quintais limpos, evitar acúmulo de lixo orgânico, usar telas em janelas e aplicar repelentes. Para os cães, a recomendação é o uso de coleiras inseticidas, que funcionam como barreira contra a picada do vetor.
Apesar da aparente estabilidade nos números, a Secretaria alerta que os índices mantêm a situação preocupante. O diagnóstico precoce e a prevenção, tanto em humanos quanto em animais, continuam sendo essenciais para reduzir casos e evitar novas mortes no Estado. Não há vacina para as leishmanioses em humanos. Assim como também não há vacinas para o combate da leishmaniose visceral em cães licenciadas no Brasil.
A SES lembra ainda que a leishmaniose é considerada uma doença negligenciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que reforça a necessidade de mobilização de toda a sociedade, gestores públicos e profissionais de saúde no enfrentamento do problema.