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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Meio Ambiente

Semad identifica origem da espuma no Rio Meia Ponte em Goiânia

Fiscalização aponta que alteração foi causada pela operação do novo sistema de tratamento da ETE Hélio Seixo de Brito

Renata Ferrazpor Renata Ferraz em 1 de setembro de 2025
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Foto: Divulgação

A espuma que tomou conta de trechos do Rio Meia Ponte, em Goiânia, tem origem na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Hélio Seixo de Brito, operada pela Saneago. 

A constatação foi feita pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) durante vistoria realizada em 26 de agosto de 2025, após denúncias da população e registros divulgados pela imprensa. Na ação, os técnicos percorreram quatro pontos do rio, coletaram amostras de água, registraram imagens e mediram parâmetros de qualidade.

Os resultados preliminares indicaram maior concentração de espuma nos trechos a jusante da estação. Além disso, os níveis de oxigênio dissolvido ficaram abaixo do mínimo exigido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) em dois locais: 3,9 mg/L e 3,6 mg/L, quando o valor mínimo aceitável para rios de Classe 3 é 4 mg/L. Nos outros pontos, os índices registrados foram 7,7 mg/L e 5,1 mg/L, dentro dos parâmetros legais.

As evidências coletadas, incluindo fotos e vídeos, também mostraram formação intensa de espuma dentro da própria ETE. No dia seguinte à vistoria, representantes da Semad se reuniram com a Saneago, que admitiu a origem do fenômeno. A empresa explicou que a espuma decorre da entrada em operação do novo sistema secundário de tratamento de esgoto, baseado em lodo ativado, implantado em julho de 2025.

De acordo com a companhia, esse método aumenta a eficiência do tratamento de 50% para até 92%, quando totalmente estabilizado. O processo biológico favorece a formação de espuma devido à ação das bactérias e à presença de surfactantes, substâncias encontradas em detergentes e produtos de limpeza. 

A Saneago ressaltou ainda que o efeito visual é intensificado pelo turbilhonamento da água e pela baixa vazão típica do período seco.

Diante da situação, a Semad determinou análises específicas para verificar a concentração de surfactantes, novos exames laboratoriais da água e vistorias adicionais ao longo das próximas semanas. 

“Seguiremos monitorando e fiscalizando a operação da ETE, a fim de garantir que os padrões ambientais sejam cumpridos e assegurar a qualidade da água do Rio Meia Ponte, fundamental para a população goiana”, reforçou a equipe técnica do órgão.

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