“O Último Azul” leva mais de 56 mil pessoas aos cinemas no fim de semana de estreia
Novo filme de Gabriel Mascaro estreia no Top 5 do país e alcança a melhor média de público por sala entre lançamentos
O cinema brasileiro voltou a ocupar espaço no circuito comercial. Em seu primeiro fim de semana em cartaz, O Último Azul, novo longa do diretor pernambucano Gabriel Mascaro, foi visto por mais de 56 mil pessoas em 159 salas, segundo dados da Comscore. O filme, distribuído pela Vitrine Filmes, alcançou a melhor média de público por sala da semana e se posicionou entre os cinco títulos mais assistidos do país.
O resultado ocorre após uma turnê de pré-estreias em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Manaus. A recepção inicial consolidou o desempenho do longa, que já aparece como número 1 em bilheteria em mais de 40 cinemas. A estreia coincidiu com a Semana do Cinema, iniciativa que reduziu os preços dos ingressos em todo o país e ampliou a visibilidade de produções nacionais.
Distopia amazônica
A narrativa acompanha Tereza, vivida por Denise Weinberg, uma mulher de 77 anos obrigada pelo governo a se mudar para uma colônia destinada a idosos. Antes do exílio, ela parte por rios amazônicos em busca de realizar um último desejo. O elenco traz ainda Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás e o ator indígena Adanilo, além de participações de Clarissa Pinheiro e Rosa Malagueta.
O roteiro, escrito por Mascaro em parceria com Tibério Azul, projeta uma distopia que cruza envelhecimento, política de controle e a paisagem amazônica industrializada.
Trajetória e repercussão
Premiado com o Urso de Prata no Festival de Berlim deste ano, O Último Azul reforça a presença internacional de Mascaro, conhecido por filmes como Boi Neon (2015), eleito pelo New York Times um dos dez melhores do ano, e Divino Amor (2019), exibido em Sundance. Seus trabalhos acumulam mais de 50 prêmios em festivais e já renderam retrospectiva no Lincoln Center, em Nova York.
O filme chega ao circuito em coprodução internacional que envolve a Desvia (Brasil), Cinevinay (México), Globo Filmes, Quijote Films (Chile) e Viking Film (Países Baixos). A fotografia é de Guillermo Garza e a trilha sonora de Memo Guerra.