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sábado, 6 de dezembro de 2025
Brutal

Homem é preso suspeito dede esquartejar mulher e deixar corpo em mala na rodoviária

A polícia ainda procura o crânio da mulher que não foi localizado até o momento

Maria Eduarda Leãopor Maria Eduarda Leão em 5 de setembro de 2025
Homem é preso suspeito de deixar mala com corpo em rodoviária
Foto: PC / CP

A Polícia Civil prendeu preventivamente nesta sexta-feira (5) Ricardo Jardim, de 65 anos, suspeito de assassinar uma mulher e descartar partes do corpo em diferentes locais de Porto Alegre. O caso ganhou repercussão nacional após o torso da vítima ser encontrado dentro de uma mala em um armário da rodoviária da capital gaúcha, enquanto os braços e pernas haviam sido descartados previamente em sacos de lixo na Zona Leste.

Segundo as investigações, a vítima era namorada do suspeito, e o crime é tratado como feminicídio. As motivações apontadas pela polícia incluem intenção de afrontar a sociedade e questões financeiras, já que o homem teria tentado usar cartões de crédito da vítima e movimentar suas contas bancárias.

O delegado Mario Souza, diretor do Departamento de Homicídios, descreveu Jardim como um homem extremamente organizado, frio e com alto grau de inteligência. A polícia ressaltou que ele demonstrava conhecimento em técnicas de corte e capacidade de planejar suas ações de forma meticulosa.

Histórico criminal

Ricardo Jardim já tinha antecedentes graves. Ele foi condenado em 2018 a 28 anos de prisão pelo assassinato da própria mãe, crime cometido em 2015. A sentença incluiu homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e posse ilegal de arma. Jardim alegou na época que não matou a mãe, apenas escondeu o corpo. Atualmente, ele havia conseguido progressão de regime, mas estava foragido antes desta nova prisão.

Descoberta da mala

A mala com o torso da vítima permaneceu por 12 dias em um armário da rodoviária, até que funcionários notaram o forte odor e acionaram a polícia. Dentro da bagagem, além do torso, foram encontrados sacos plásticos pretos que preservavam o material descartado. A Polícia Civil investiga a relação do destinatário registrado na mala e mantém sigilo sobre o nome e CPF indicados.

Imagens de câmeras de segurança da rodoviária registraram Jardim transportando a mala. Posteriormente, ele foi identificado em um estabelecimento comercial na Zona Norte da cidade, onde foi possível visualizar seu rosto quando abaixou a máscara que usava.

Dinâmica do crime

A polícia aponta que o crime foi planejado em etapas. Os braços e pernas da vítima foram descartados em 13 de agosto, em um local sem câmeras no bairro Santo Antônio, enquanto o torso foi deixado na rodoviária em 20 de agosto, um espaço de grande circulação. A diferença de sete dias entre os atos mostra a intenção de Jardim em criar impacto e desafiar as autoridades.

Segundo o delegado Souza, o suspeito adotou medidas para não ser identificado, como o uso de luvas, máscara, boné e óculos, mas ainda assim se expôs ao aparecer em locais monitorados. Além disso, ele deixou pistas falsas, indicando a polícia a acreditar que queria se antecipar aos atos investigativos do Estado.

Investigação em andamento

O assassinato da vítima ocorreu em 9 de agosto, e a polícia ainda procura o crânio da mulher, que não foi localizado. As autoridades investigam se houve participação de terceiros, além de confirmar todos os detalhes da dinâmica do crime e a motivação exata. Jardim ainda não prestou depoimento oficial após a prisão, e a defesa dele não se manifestou até o momento.

A Polícia Civil classifica o suspeito como psicopata, com elevado grau de organização e capacidade criminosa. Segundo as investigações, ele criava perfis falsos na internet usando inteligência artificial para atrair mulheres, reforçando seu comportamento calculista.

Repercussão

O caso chocou a população local, principalmente pelo descarte do torso em um ambiente público e de grande movimentação, contrastando com o primeiro local ermo utilizado para as demais partes do corpo. As autoridades reforçam que o suspeito apresenta alto risco e não deveria conviver em sociedade.

A Polícia Civil continua investigando todos os aspectos do caso, incluindo eventuais coautores e a localização de outras partes do corpo, além de analisar o histórico e os métodos do suspeito para prevenir novos crimes.

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