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sábado, 6 de dezembro de 2025
AGRO

Vazio sanitário do feijão entra em vigor em Goiás

Medida da Agrodefesa busca conter viroses transmitidas pela mosca-branca

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 16 de setembro de 2025
Vazio sanitário para cultura do feijão-comum é obrigatório em 57 municípios. | foto: Agrodefesa
Vazio sanitário para cultura do feijão-comum é obrigatório em 57 municípios. | foto: Agrodefesa

O vazio sanitário do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris) começa no próximo sábado (20/9) em Goiás. A medida, prevista na Instrução Normativa nº 3/2024 da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), é obrigatória e abrange lavouras de 57 municípios, permanecendo em vigor até 20 de outubro de 2025. A medida busca reduzir a disseminação de viroses transmitidas pela mosca-branca (Bemisia tabaci), entre elas o mosaico-dourado, praga que compromete a produção da leguminosa.

Segundo o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, a iniciativa integra o Programa Estadual de Prevenção e Controle de Pragas da Cultura do Feijoeiro Comum. “O mosaico-dourado pode resultar em perdas de 40% a 100% da lavoura para o produtor. Por isso, o estabelecimento do vazio é de suma importância para evitar sua disseminação e futuros prejuízos econômicos”, destacou.

Ação obrigatória em 57 municípios

O gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Leonardo Macedo, explica que o vazio sanitário interrompe o ciclo das viroses ao eliminar as plantas que servem de hospedeiras para a praga. “Sem plantas vivas de feijão no campo, a população da mosca-branca diminui significativamente, reduzindo a transmissão do vírus para as próximas safras e, consequentemente, a incidência do mosaico-dourado”, afirmou.

O coordenador do programa, Maxwell Carvalho de Oliveira, reforça que quem descumpre a norma recebe multa e pode ter a lavoura destruída. Ele ressalta ainda que os produtores precisam eliminar todas as plantas de feijoeiro-comum, incluindo as voluntárias, que germinam a partir de grãos perdidos na colheita. Essa eliminação deve ser feita por meio de controle químico ou mecânico.

A Agrodefesa tornou obrigatório o calendário de semeadura e vazio sanitário em 57 municípios goianos, entre eles Cristalina, Luziânia, Catalão, Formosa, Uruaçu e Valparaíso.

Risco da praga no país

A Embrapa considera a mosca-branca uma praga-chave do feijoeiro-comum no Brasil. Além dos danos diretos, o inseto é vetor de viroses como o mosaico-dourado, causado por um geminivírus. A doença pode ocasionar perdas de 40% a 100% da produção, sendo hoje uma das maiores limitações ao desenvolvimento da cultura no país.

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