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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Diplomacia

Comissão Europeia propõe tarifas e sanções a Israel por Gaza

Bruxelas quer limitar benefícios comerciais e sancionar autoridades de Israel em resposta a violações de direitos humanos

Lalice Fernandespor Lalice Fernandes em 17 de setembro de 2025
Comissão Europeia propõe tarifas e sanções a Israel por Gaza
Foto: Wikimedia Commons

A Comissão Europeia propôs nesta quarta-feira (17) suspender preferências comerciais a Israel e sancionar dois ministros do país, Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir, devido à situação em Gaza. A medida acompanha ações anteriores da presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, que anunciou restrições comerciais, sanções a colonos e membros do Hamas, além de redução do apoio bilateral a Israel.

As propostas resultam de uma revisão do cumprimento do artigo 2 do acordo de associação UE-Israel, que estabelece respeito aos direitos humanos e aos princípios democráticos. Bruxelas identificou violações, apontando a deterioração humanitária em Gaza, o bloqueio de ajuda, a intensificação das operações militares e a expansão de assentamentos na Cisjordânia, fatores que complicam a solução de dois Estados.

“Os eventos horríveis que ocorrem em Gaza diariamente devem cessar. É necessário um cessar-fogo imediato, o acesso sem restrições de toda a ajuda humanitária e a libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas”, afirmou Von der Leyen.

Na prática, a suspensão atinge apenas preferências tarifárias, que atualmente beneficiam 37% do comércio UE-Israel, com impacto estimado em 5,8 bilhões de euros. Produtos israelenses passarão a ser tributados segundo o princípio da “nação mais favorecida” da Organização Mundial do Comércio.

A Comissão também propôs sanções a Smotrich, Ben-Gvir, sete colonos israelenses e dez membros do Hamas, incluindo congelamento de bens e proibição de entrada na UE. Essas medidas exigem aprovação unânime dos 27 países do bloco.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, criticou a iniciativa, chamando-a de “moral e politicamente distorcida” e alertou que “qualquer ação contra Israel receberá uma resposta adequada”.

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