Louis Tomlinson, 33, ex-integrante da boy band britânica One Direction, foi citado em um julgamento no Reino Unido como vítima indireta de um esquema milionário de fraude. De acordo com o jornal inglês The Sun, golpistas desviaram cerca de £3,7 milhões — o equivalente a R$ 26,5 milhões — de fundos de aposentadoria de mais de 200 pessoas, utilizando a imagem do cantor para dar legitimidade ao negócio.

O caso foi detalhado no tribunal de Leeds. Segundo a promotoria, os acusados usaram empresas de fachada e apresentaram projetos de investimento que, na prática, serviam para encobrir os desvios. O promotor Timothy Hannam KC classificou o golpe como devastador para os afetados, ressaltando que os réus “roubaram dinheiro das economias de vida de pessoas comuns”.

A ligação de Tomlinson com a fraude remonta a 2014, quando o então presidente do Doncaster Rovers, John Ryan, convidou o artista — torcedor declarado do clube — para apoiar um plano que tinha como objetivo impulsionar a equipe até a Premier League. O clube enfrentava sérias dificuldades financeiras e buscava aportes para sobreviver.

Os criminosos aproveitaram o contexto para atrair investidores e dar aparência de seriedade ao projeto. A empresa Seqentia Capital SA, apontada como parte central do esquema, chegou a tentar adquirir o Doncaster em duas ocasiões, mas as negociações não avançaram. Um dos fraudadores, Phelan, 62, já havia sido sondado em 2013 para investir no clube.

Embora não tenha sido acusado de envolvimento no golpe, Tomlinson acabou exposto como rosto público de um projeto que, nos bastidores, servia para mascarar o desvio milionário.