O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (23) que a guerra entre Rússia e Ucrânia não terá solução militar e defendeu uma “solução realista” por meio do diálogo. A fala do presidente ocorreu em seu discurso na Assembleia Geral da ONU.

“No conflito na Ucrânia, todos já sabemos que não haverá solução militar. O recente encontro no Alaska despertou a esperança de uma saída negociada. É preciso pavimentar caminhos para uma solução realista. Isso implica levar em conta as legítimas preocupações de segurança de todas as partes”, declarou Lula.

A invasão russa do território ucraniano, iniciada há mais de três anos, motivou sanções internacionais e tensões crescentes na Europa. O governo russo citou a possível entrada da Ucrânia na Otan como ameaça à sua segurança. Lula colocou o Brasil, junto com a China, à disposição para mediar uma solução negociada entre os países.

Também durante a reunião, Trump defendeu que países da Otan derrubem aeronaves russas que violem seu espaço aéreo, após recentes incidentes com drones e caças russos na Estônia e na Polônia.

Trump admitiu que o apoio à Otan depende das circunstâncias, mas afirmou que os EUA continuarão a fornecer armas para a aliança. Ele também destacou os problemas econômicos da Rússia e considerou que este é o momento para a Ucrânia agir, afirmando que o conflito, que já dura mais de três anos, não engrandece Moscou.

Ainda, o presidente norte-americano afirmou que a Ucrânia pode recuperar todo o território perdido e classificou a Rússia como “tigre de papel”. A fala de Trump aconteceu após um encontro entre ele e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

O discurso reforçou a mudança de tom de Trump, que anteriormente defendia concessões territoriais por parte da Ucrânia.