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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Gaza

Netanyahu deve criticar reconhecimento do Estado Palestino na ONU

Premiê israelense afirmou que irá condenar reconhecimentos à Palestina, e enfrenta protestos antes de discurso na ONU

Lalice Fernandespor Lalice Fernandes em 25 de setembro de 2025
Netanyahu chega em NY para a Assembleia Geral da ONU
Foto: Wikimedia Commons

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chega a Nova York para discursar na Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira (26), em meio a protestos, restrições diplomáticas e rotas aéreas desviadas. Antes mesmo de embarcar, afirmou que usará o evento para condenar os recentes reconhecimentos do Estado da Palestina por países ocidentais, como França e Reino Unido. Netanyahu também anunciou encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para reforçar a rejeição a qualquer iniciativa internacional de reconhecimento palestino.

A viagem do premiê foi marcada por manifestações no Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv. Centenas de israelenses carregaram cartazes pedindo o fim da guerra em Gaza e a libertação de reféns. A guerra, que se aproxima de dois anos, já deixou mais de 65 mil mortos palestinos, segundo autoridades de saúde locais, e mantém Israel sob pressão global.

O trajeto aéreo até os Estados Unidos também chamou atenção. Em vez de cruzar o espaço aéreo de países europeus, a aeronave sobrevoou o Mediterrâneo, passou pelo Estreito de Gibraltar e seguiu por rotas mais longas, evitando França e Espanha. O gabinete de premiê não comentou o motivo da mudança de rota, porém o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Netanyahu em novembro do ano passado, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Como signatários do TPI, países europeus poderiam forçar uma eventual prisão caso o voo sobrevoasse seus territórios.

Ainda na quinta-feira, a Eslovênia impôs proibição de viagem a Netanyahu, medida que reforça sua política de pressão contra Israel. O país europeu já havia imposto embargo de armas e restringido bens produzidos em territórios ocupados. A secretária de Estado Neva Grasic afirmou que a decisão responde às acusações contra Netanyahu e reforça a exigência de respeito às decisões internacionais.

A participação do líder israelense na ONU ocorre após a fala do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que teve sua presença transmitida por  videoconferência.

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