Na quarta-feira (24), Rildo Soares, apontado pela Polícia Civil como suspeito de três feminicídios em Rio Verde, voltou à própria residência após participar da reconstituição do assassinato de Monara Pires Gouveia. Ele acompanhava os investigadores para indicar os locais onde teria escondido dois celulares pertencentes às vítimas. No entanto, segundo o delegado Adelson Candeo, do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), apenas um aparelho foi encontrado , dentro de um colchão levado por uma vizinha após a desocupação do imóvel.

Conforme explicou o delegado, durante depoimento prestado na Casa de Prisão Provisória, onde está detido desde o dia 12, Rildo havia afirmado que enterrou dois celulares em seu quintal. Um deles seria de Elisângela Silva de Souza, de 26 anos, desaparecida no dia 11, após ser abordada pelo suspeito quando seguia para o trabalho. O outro aparelho, segundo ele, não sabia a quem pertencia, mas a polícia suspeita que seja de Ingrid Ferreira Barbosa Romagnoli, de 38 anos, que segue desaparecida.

Ao retornar ao local com os policiais, Rildo mudou sua versão e negou ter enterrado dois aparelhos. “Quando chegamos, ele disse: ‘Não, é o mesmo. Todo mundo entendeu errado, só eu que falei certo’”, contou Candeo. O imóvel já estava vazio, e os pertences do acusado haviam sido descartados para recolhimento pelo serviço público de limpeza. A vizinha que havia levado o colchão permitiu a entrada dos agentes, que localizaram dentro dele o celular de Elisângela. O aparelho foi enviado para perícia, que vai confrontar os dados com a nova versão apresentada pelo suspeito.

O segundo celular continua desaparecido, e a Polícia Civil intensifica buscas em locais ligados ao acusado para reunir mais provas e esclarecer a real dimensão dos crimes. Os investigadores também trabalham com a possibilidade de que Rildo possa ter feito outras vítimas além das já identificadas.

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