Subiu para cinco o número de mortes por intoxicação com metanol em SP
De acordo com o secretário, há um total de 22 casos envolvendo intoxicação por metanol sendo 7 confirmados e 15 em investigação
O número de mortes confirmadas por intoxicação com metanol no estado de São Paulo subiu para cinco, conforme anunciado pelo secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, nesta terça-feira (30). Os casos ocorreram na capital paulista e na região metropolitana.
Detalhes dos casos
De acordo com o secretário, há um total de 22 casos envolvendo intoxicação por metanol sendo 7 confirmados e 15 em investigação. Até o momento, apenas em um desses casos há confirmação de que a morte foi causada pela ingestão de bebida adulterada.
Ações das autoridades
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que todos os estabelecimentos onde houver indícios da presença de bebidas adulteradas serão interditados de forma cautelar. “Não podemos deixar o estabelecimento continuar comercializando bebida se temos uma suspeita de que está comercializando bebida fraudada”, declarou.
Investigação em andamento
Especialistas alertam que a contaminação de bebidas alcoólicas por metanol geralmente ocorre em casos de falsificação. A substância tóxica pode estar presente em álcool adulterado ou ser adicionada para aumentar o teor alcoólico de forma barata. A contaminação por metanol não altera o sabor ou o cheiro do produto, tornando impossível detectá-la sem análise laboratorial.
Ainda não se sabe qual é a origem do metanol ou como as garrafas foram contaminadas. A Polícia Civil investiga bares e adegas suspeitas, locais por onde passaram os pacientes intoxicados.
Envolvimento de facções criminosas
O governador Tarcísio de Freitas afirmou que, por ora, não há indícios de que a adulteração de bebidas com metanol tenha conexão com atividades da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). “Tudo o que acontece agora em São Paulo é PCC. Não tem evidência nenhuma de participação do crime organizado nisso”, afirmou.
Investigação federal
Em entrevista coletiva em Brasília, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou que a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar os casos de bebidas com metanol. O órgão vai verificar a procedência da substância e se há distribuição em outros estados, além de investigar possíveis envolvimentos do crime organizado.
O diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que o órgão vai investigar o caso e que as respostas virão em “um curto espaço de tempo”. Ele também destacou que o trabalho será realizado em conjunto com outros órgãos, como a Polícia Civil de São Paulo.