Ministério da Saúde compra 150 mil doses de antídoto para conter envenenamento por metanol
Ação Imediata do Ministério da Saúde Busca Frear Epidemia Silenciosa de Envenenamento
Diante do recente aumento no número de casos de intoxicação por metanol no país, o Ministério da Saúde (MS) agiu rapidamente, anunciando a aquisição emergencial de um volume significativo de antídotos. A medida, divulgada na última quinta-feira (2/10), visa dar suporte imediato a estados e municípios que enfrentam a corrida para salvar as vítimas.
A principal aquisição emergencial consiste em 150 mil ampolas de etanol farmacêutico. O etanol, neste contexto, é um dos tratamentos primários utilizados para neutralizar os efeitos tóxicos do metanol no organismo, permitindo que o corpo o elimine antes que cause danos irreversíveis, como cegueira e falência de órgãos.
O ministro Alexandre Padilha informou ainda, por meio de suas redes sociais, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está em contato com produtores nacionais e agências internacionais para assegurar o fornecimento do Fomepizol. Este é o outro antídoto de alto custo e alta eficácia, preferencialmente utilizado em casos graves de envenenamento por metanol.
ALERTA NACIONAL: Como a Contaminação Afeta o País e a Recomendação de Padilha
Os dados do Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) justificam a urgência da ação governamental. Foram registradas 59 notificações de suspeita de intoxicação por metanol em todo o Brasil. Destes, 11 casos já foram confirmados, todos concentrados no estado de São Paulo.
A crise já tem um custo humano elevado. Uma morte em São Paulo foi confirmada como causada pela intoxicação. Além disso, há outros sete óbitos sob investigação: cinco em São Paulo (sendo três na capital e dois em São Bernardo) e dois em Pernambuco. A gravidade da situação se estende ao Distrito Federal, onde o caso do rapper Hungria está entre as investigações abertas.
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Em coletiva de imprensa, o Ministro Padilha reforçou a recomendação crucial de saúde pública: “Na condição de ministro e como médico, a recomendação é que evite ingerir produto destilado, sobretudo os incolores, que não tenha absoluta certeza da origem dele”. A ingestão do metanol, muitas vezes presente em bebidas alcoólicas falsificadas ou destiladas de maneira inadequada, representa um risco iminente e fatal à população.