Estado investiga primeiro caso suspeito de intoxicação por Metanol
Jovem de Pilar de Goiás está internada na UTI, governo Inicia força-tarefa contra álcool adulterado
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) confirmou a investigação do primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol no estado, substância altamente tóxica que tem causado vítimas fatais em outras regiões do país, após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.
Em resposta ao alerta nacional, o Governo de Goiás agiu preventivamente, mas agora monitora um caso que se enquadra na definição clínica de suspeita.
O primeiro caso suspeito no estado envolve uma mulher de 25 anos que reside em Pilar de Goiás. Segundo o Secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, a paciente deu entrada no hospital do município na quarta-feira (1º) com insuficiência respiratória, mas, devido à gravidade, foi transferida para a UTI do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu.
O Secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, destacou o esforço da pasta para garantir a segurança no tratamento e reforçou a necessidade de preparação imediata da rede de saúde estadual. Uma das preocupações da SES-GO é a garantia do antídoto específico.
Busca por Antídoto e Orientação à Rede
O Secretário Rasível Santos detalhou as ações da SES-GO, que incluem a busca ativa por medicamentos essenciais para o tratamento de intoxicações graves por metanol:
“Estamos buscando para ter reserva [do antídoto], caso haja caso suspeito ou que necessite de usar esse antídoto,” afirmou Rasível Santos.
Ele se referia à escassez de Fomepizol, o antídoto mais eficaz, não comercializado no Brasil, e à necessidade de garantir o etanol (álcool etílico), que também é usado como tratamento de primeira linha em hospitais. O álcool etílico pode ser administrado por sonda na ausência das ampolas do antídoto mais específico.
Além disso, a SES-GO já emitiu nota técnica para orientar e capacitar médicos e demais profissionais da rede estadual sobre a identificação e o manejo clínico dos casos de intoxicação por metanol.
Força-Tarefa e Alerta à População
A suspeita do primeiro caso em Goiás ocorre no momento em que o Governo do Estado intensifica a fiscalização em distribuidoras e estabelecimentos comerciais. Uma grande força-tarefa foi determinada pelo Governador Ronaldo Caiado, mobilizando órgãos como a Polícia Civil, Polícia Militar, Procon e a Vigilância Sanitária.
A operação é classificada como preventiva e tem como objetivo retirar de circulação quaisquer bebidas adulteradas que possam conter metanol. A primeira fase da fiscalização teve início na capital e deve se estender aos municípios do interior.