A perícia realizada na garrafa de vodka que o rapper brasiliense Hungria ingeriu antes de ser internado às pressas com suspeita de intoxicação por metanol trouxe uma reviravolta no caso: o laudo não encontrou a presença da substância tóxica na bebida.

A informação é da coluna de Mirelle Pinheiro no Metrópoles, que obteve o resultado da análise laboratorial. O laudo técnico, emitido pelo Instituto de Criminalística, concluiu que:

• A bebida tinha teor alcoólico de 37,28%, dentro do limite permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
• Não foram encontrados vestígios de metanol na vodka.

O resultado do exame na bebida, que foi apreendida na distribuidora onde Hungria a adquiriu em Vicente Pires (DF), levanta novas questões sobre a causa da internação do rapper.

Perito Contesta Hipótese Inicial

A reviravolta é corroborada pela declaração de um perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), responsável pela análise, que, segundo a coluna, afirmou categoricamente:

“O laudo aponta que não tem metanol no material encaminhado. O que ele bebeu foi álcool comum.”

O Que Isso Significa?

Com a exclusão da contaminação da bebida, a investigação policial, que havia interditado a distribuidora, deve ser reorientada. O foco agora se volta para o diagnóstico médico do rapper, que foi internado na UTI com sintomas graves como cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica.

Apesar da perícia na vodka, a PCDF continua investigando se houve crime na distribuidora, enquanto o caso clínico de Hungria que apresentou melhora após ser submetido à hemodiálise  segue em apuração para determinar a etiologia (a causa) exata do quadro. O Ministério da Saúde, que havia incluído o rapper nas notificações suspeitas, aguarda a conclusão dos exames clínicos para a confirmação ou descarte da intoxicação por metanol.