A segurança dos consumidores de bebidas alcoólicas em Goiás está sob intensa fiscalização em duas frentes: a contaminação por metanol e a comercialização de produtos fora da validade. A força-tarefa criada pelo Estado para combater a falsificação de bebidas registrou a apreensão de mais de mil itens vencidos, enquanto a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) monitora casos graves de intoxicação.

CERVEJA VENCIDA HÁ DOIS ANOS EM GOIÂNIA

Em apenas três dias de fiscalização em Goiânia, a força-tarefa visitou 30 estabelecimentos e autuou 43% deles, principalmente por venderem bebidas vencidas e apresentarem indícios de falsificação.

A operação, que foi montada após o alerta de intoxicação por metanol, encontrou 1.087 bebidas vencidas. Entre as apreensões, uma distribuidora foi flagrada comercializando cerveja vencida há dois anos. Os 19 estabelecimentos autuados terão 20 dias para apresentar suas defesas, sob pena de multas.

Além disso, 82 amostras foram enviadas à polícia técnico-científica para averiguação da possível presença de metanol.

ALERTA DE INTOXICAÇÃO SE MANTÉM

Simultaneamente à fiscalização, a SES-GO atualizou o boletim de intoxicação por metanol, confirmando que, dos cinco casos inicialmente notificados, três seguem sob investigação.

Os dois casos descartados envolveram pacientes de Bom Jesus e Senador Canedo.

Os casos que mantêm o alerta de saúde pública são:

• Itapaci: uma mulher de 25 anos, que segue internada no Hospital Estadual Centro Norte Goiano (HCN).
• Formosa: um homem de 20 anos.
• Padre Bernardo: um homem de 47 anos, internado em Brasília (DF), que está com “protocolo aberto de morte encefálica”, segundo o Ciatox-DF.

O metanol é um álcool industrial que pode ser fatal em altas doses. A SES-GO reforça que a população deve evitar o consumo de bebidas destiladas de origem duvidosa, já que a adulteração pode ser difícil de perceber.

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