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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Operação Cerrado

Facção criminosa ordenou a morte de dono de bar que colaborava com a polícia e denunciava o tráfico em Goiânia, revela investigação

Ação cumpriu mandados em quatro cidades e mirou integrantes de facção criminosa responsável por pelo menos cinco homicídios ligados ao tráfico de drogas.

Renata Ferrazpor Renata Ferraz em 23 de outubro de 2025
Facção
Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nesta quarta-feira (22), a Operação Cerrado, contra facção criminosa para prender suspeitos de envolvimento no assassinato de um comerciante de 60 anos, morto em julho deste ano, em Goiânia. A vítima, dona de um bar no Setor Aeroviário, colaborava com a Polícia Militar, repassando informações sobre o tráfico de drogas na região.

De acordo com as investigações, o crime foi ordenado por uma facção criminosa que atua no Jardim Cerrado e foi flagrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o momento em que o atirador chega de motocicleta, desce do veículo e dispara várias vezes contra o comerciante, que tenta se proteger atrás do balcão.

Ação cumpriu mandados em quatro cidades

A operação cumpriu 10 mandados de prisão e 8 de busca e apreensão em Goiânia, Trindade, Guapó e Araguaína (TO). Segundo o delegado Vinicius Teles, a execução foi meticulosamente planejada, com aluguel de arma, compra de motocicleta e até o envolvimento de mulheres na logística do crime.

O delegado afirmou que o homicídio foi motivado pelas denúncias feitas pela vítima, que levaram à prisão de traficantes e causaram prejuízos à facção. “O crime foi uma resposta direta às ações de colaboração da vítima com as forças policiais”, destacou Teles.

Facção liderada por criminoso foragido da Rocinha (RJ)

As investigações apontam que o grupo é comandado por Yuri Alexandre Sousa Andrade, conhecido como “Cerradão”, de 22 anos, foragido na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Ele tem mandados de prisão por quatro homicídios e por tráfico de drogas.

Entre os presos estão Julyo César Rodrigues Bonfim, apontado como articulador da logística do crime, e Ana Beatriz Santana Vilaça, companheira de Yuri, detida em Araguaína (TO).

Outros suspeitos identificados são Vinícius Eduardo Nascimento, responsável pelo aluguel da arma; Jefferson Pereira Santos e Sabrina Ferreira Mendes, que ajudaram no transporte e na fuga; além de Renan Arriel Pereira e Luís Felipe Praxedes, que providenciaram a motocicleta usada no assassinato.

Ao todo, já foram cumpridas 50 medidas judiciais contra os integrantes da facção. A Polícia Civil informou que as investigações continuam para identificar outros envolvidos e reunir provas que reforcem o inquérito sobre o homicídio e os demais crimes ligados ao grupo.

A Operação Cerrado, segundo a corporação, reforça o compromisso da polícia com o combate ao crime organizado e a proteção de cidadãos que colaboram com as autoridades.

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