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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Segurança

Caiado defende integração nacional no combate ao crime, e governadores lançam “Consórcio da Paz”

Governadores lançam o “Consórcio da Paz”, iniciativa que propõe unir forças policiais e serviços de inteligência para enfrentar o crime organizado em todo o país.

Renata Ferrazpor Renata Ferraz em 31 de outubro de 2025
Caiado
Foto: Divulgação

O governador Ronaldo Caiado (Goiás) participou, nesta quinta-feira (30), de uma reunião com outros líderes estaduais no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro. O encontro foi convocado pelo governador fluminense, Cláudio Castro, após a megaoperação deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão contra o Comando Vermelho. O objetivo foi manifestar apoio às forças de segurança locais e discutir estratégias conjuntas de enfrentamento às facções criminosas.

Durante o encontro, Caiado destacou que a segurança pública é o eixo central da governabilidade e deve estar no centro das políticas estaduais. “Segurança pública é governabilidade. Ela irradia em todas as outras áreas, é o marco principal”, afirmou. Também participaram da reunião os governadores Romeu Zema (Minas Gerais), Jorginho Mello (Santa Catarina), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Tarcísio de Freitas (São Paulo), por videoconferência, e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão.

Ao comentar a ação do Comando Vermelho, Caiado classificou o problema como “crônico” e defendeu um esforço nacional articulado para combatê-lo. Ele criticou a postura do governo federal, que, segundo ele, tem se mostrado omisso diante da gravidade da situação. “[O que o Comando Vermelho tem feito] não é crime comum, é terrorismo”, disse.

O governador goiano também se posicionou contra a PEC da Segurança, proposta que, segundo ele, tenta concentrar o poder em Brasília e reduzir a autonomia dos estados. “O desinteresse é total em dar apoio ao Rio de Janeiro. E não interessa essa pauta a eles, porque são complacentes”, afirmou.

Além disso, Caiado ressaltou que o enfrentamento ao crime não pode ser tratado sob uma ótica política ou eleitoral. “Temos que desnudar a tese de que isso aqui tem alguma motivação política. O que o povo pede de nós é segurança e combate à corrupção. Esses dois pontos caminham juntos”, completou.

Caiado expôe resultados em Goiás e o controle dos presídios

Durante o encontro, Caiado apresentou resultados do modelo de segurança pública adotado em Goiás, ressaltando que os investimentos em inteligência, integração policial e controle do sistema prisional foram determinantes para reduzir os índices de criminalidade. “Desde 2019, todos os indicadores caíram. Nunca mais tivemos um sequestro, um novo cangaço ou uma invasão de terra”, destacou.

Ele também defendeu o controle rigoroso dos presídios como estratégia essencial para enfraquecer o poder das facções. “No momento em que tive o controle total das penitenciárias, onde o faccionado não tem nem visita íntima, a criminalidade despencou. Essa é a realidade”, disse.

De acordo com o governador, o domínio estatal sobre o sistema prisional derrubou a ideia de que o presídio seria um “escritório do crime”. “Quando o Estado assume seu papel e impõe disciplina, a ordem se estabelece e o crime recua”, completou.

Consórcio da Paz: integração e resposta imediata

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Ao final da reunião, os governadores anunciaram a criação do “Consórcio da Paz”, um pacto de cooperação entre estados para unir forças no enfrentamento ao crime organizado. O projeto prevê o compartilhamento de informações de inteligência, recursos e apoio operacional em situações emergenciais.

“Faremos um consórcio entre os estados, no modelo em que outros já existem, para dividir experiências e ações de combate ao crime organizado, libertando nosso povo do medo”, explicou o governador Cláudio Castro.

Caiado reforçou que o consórcio será um instrumento de resposta rápida e integrada. “Todas as nossas forças, unidas e com base em inteligência, poderão ser acionadas para apoiar qualquer estado em momentos críticos. Se queremos a paz, precisamos estar preparados para a guerra”, concluiu.

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