O ex-vereador de Sandolândia, Genivaldo Mendes da Silva, de 47 anos, foi preso suspeito de ser o mandante do assassinato da técnica de enfermagem Daiany Batista de Carvalho, de 31 anos, morta a tiros no dia 4 de novembro de 2025, em Figueirópolis, no sul do Tocantins. À polícia, ele confessou ter pago R$ 5 mil a um homem para cometer o crime.

De acordo com a Polícia Militar, a motivação seria passional: Genivaldo não teria aceitado o fim do relacionamento com a ex-companheira, que estava se envolvendo com a vítima.

Prisão do mandante e do executor

A prisão do ex-vereador ocorreu na tarde de domingo (9), em uma fazenda situada entre a zona rural de Araguaçu (TO) e São Miguel do Araguaia (GO). Segundo a PM, ao perceber a chegada das equipes, ele tentou fugir em direção a uma mata e chegou a atravessar um rio, mas acabou capturado logo depois.

A ação contou com o apoio de equipes da Rádio Patrulha de Sandolândia, do 7° CIPM de Alvorada e do 51º Batalhão da Polícia Militar de São Miguel do Araguaia. Durante o interrogatório, Genivaldo admitiu ter contratado o executor e financiado a fuga.

O homem apontado como o executor do crime foi preso na quinta-feira (6), também em Sandolândia. Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ele foi localizado na zona rural do município. O nome dele não foi divulgado, e a defesa ainda não foi localizada.

Dinâmica do crime

A técnica de enfermagem Daiany Batista foi morta a tiros quando saía de uma loja em Figueirópolis. Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento do ataque: ela caminha até o carro quando é surpreendida por um homem armado. A vítima tenta correr, mas é atingida e cai no chão. O criminoso faz ao menos dois disparos enquanto Daiany já estava caída e, em seguida, foge.

Testemunhas relataram que o atirador atravessou a BR-153 a pé e entrou em um carro cinza, que foi encontrado abandonado horas depois, em uma rua de Sandolândia.

Carreira política e antecedentes

Natural de Formoso do Araguaia, Genivaldo Mendes é suplente de vereador na Câmara Municipal de Sandolândia. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele foi eleito vereador em 2012, 2016 e 2020.

A Polícia Civil segue investigando o caso para determinar se houve outras pessoas envolvidas no crime e apurar se o pagamento prometido ao executor chegou a ser concluído.