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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Escalada

Venezuela inicia “mobilização maciça” durante tensão com EUA

Manobras por ar, terra e mar ocorrem após Maduro sancionar nova lei de defesa e pedir “preparo máximo”

Lalice Fernandespor Lalice Fernandes em 12 de novembro de 2025
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Foto: Kremlin/ Wikimedia Commons

A Venezuela iniciou nesta quarta-feira (12) uma série de exercícios militares por ar, terra e mar, definidos pelo governo como uma “mobilização maciça” de tropas e armamentos em todo o país. As manobras ocorrem um dia após a chegada do porta-aviões norte-americano USS Gerald Ford à América Latina, movimento que intensificou as tensões entre Caracas e Washington.

Na véspera, o presidente Nicolás Maduro havia determinado a integração de toda a população, do Exército e do aparato estatal, pedindo “preparo máximo” diante do que chamou de ameaças externas. O líder venezuelano também sancionou uma nova lei de defesa nacional e afirmou que o país deve estar pronto para reagir em caso de agressão.

“Se nós, como república, como povo, tivermos de recorrer à luta armada para defender este sagrado patrimônio dos libertadores, devemos estar prontos para vencer, para triunfar pelo caminho do patriotismo e da coragem. E eu digo, junto com todo o país: paz, paz, paz, queremos paz, teremos paz. Frente à pressão máxima, preparo máximo”, declarou Maduro no Parlamento.

O venezuelano ordenou ainda a ativação imediata dos comandos de defesa integral, que reúnem instituições civis, militares e comunitárias. “Devem ser constituídos, estruturados e colocados a funcionar e estarem em condição de preparação”, completou.

Escalada de tensão entre Venezuela e EUA

Segundo o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, as atividades são uma resposta à “ameaça imperialista” representada pela presença militar norte-americana no Caribe. O grupo de ataque do USS Gerald Ford, liderado pelo maior porta-aviões do mundo, inclui três destróieres e pode operar até 90 aeronaves.

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Uma das embarcação bombardeadas pelos EUA (Foto: Reprodução/@SecWar)

A mobilização faz parte de uma campanha militar ordenada pelo presidente Donald Trump sob a justificativa de combater cartéis de drogas latino-americanos. A Marinha dos EUA informou que o porta-aviões entrou na área de responsabilidade do Comando Sul na terça-feira (11), sem revelar sua localização exata por motivos estratégicos.

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