A Polícia Civil prendeu, na quarta-feira (12), duas pessoas investigadas pela Operação Rede Clandestina, que apura a atuação de um grupo responsável por furtar equipamentos de internet e telefonia e revendê-los no mercado paralelo. As ações ocorreram em Aparecida de Goiânia, Aragoiânia e Rubiataba. Durante o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão, os agentes localizaram diversos aparelhos subtraídos da empresa lesada, que registrou prejuízo estimado em R$ 2 milhões somente neste ano.

De acordo com a delegada Luiza Veneranda, responsável pela investigação, os crimes apresentavam padrão semelhante e eram recorrentes. “Identificamos, com apoio da Guarda Municipal de Aparecida, que os furtos sempre envolviam equipamentos da mesma empresa, retirados de locais específicos e sem câmeras de segurança. São itens de alto valor, que podem custar entre R$ 20 mil e R$ 30 mil cada”, explicou.

A delegada informou que, em uma ocorrência anterior, a polícia já havia identificado um esquema de revenda clandestina dos equipamentos. A partir desse flagrante, foi possível mapear suspeitos que atuavam tanto na subtração quanto na comercialização ilegal dos aparelhos. As provas coletadas indicam que o grupo agia de maneira estruturada. “Constatamos pelo menos quatro indivíduos envolvidos diretamente nos furtos e na revenda, o que configura associação criminosa”, afirmou.

Veneranda destacou ainda que os prejuízos ultrapassam os danos à empresa vítima. “Além das perdas financeiras, há impacto para a população, que pode enfrentar interrupções no serviço devido à falta temporária de equipamentos”, observou.

Segundo ela, os aparelhos eram repassados a empresas de telecomunicação de pequeno porte e até a empresários de outros ramos. “Quem adquire esses itens sabe que está comprando um equipamento de alto valor por um preço muito abaixo do mercado. Trata-se de receptação qualificada”, enfatizou.

A Operação Rede Clandestina cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nas três cidades e executou dois mandados de prisão temporária em Aparecida e Rubiataba. As prisões podem ser prorrogadas ou convertidas em preventivas. As investigações continuam para identificar outros participantes do esquema.