Operação apreende quase 30 toneladas de sabão em pó falsificado em Goiás
Mais de 19 mil unidades foram retiradas de supermercados em quatro cidades
Uma operação conjunta das Secretarias de Segurança Pública (SSP), Economia e Indústria, Comércio e Serviços (SIC) apreendeu, nesta segunda-feira (17/11), quase 30 toneladas de sabão em pó com indícios de falsificação em Goiás. Ao todo, 19.348 unidades foram recolhidas de prateleiras de supermercados em Aparecida de Goiânia, Goianira, Itaberaí e Bela Vista de Goiás.
Denúncia da indústria levou à investigação
Segundo o subsecretário de Segurança Pública, Gustavo Carlos Ferreira, a ação foi iniciada após denúncias da própria indústria fabricante.
“Verificamos in loco o que estava acontecendo e acionamos Procon Goiás, Polícia Civil e Polícia Científica. Agora, cada órgão segue dentro de sua responsabilidade”, afirmou.
Como identificar um produto falsificado
O superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston, destacou que os fiscais receberam treinamento prévio para identificar itens adulterados. Ele explicou que o consumidor também pode perceber sinais de irregularidade:
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Embalagens mais frágeis
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Cola de baixa qualidade
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Cheiro do produto mais fraco
“Em caso de suspeita, é possível acionar o Procon pelo 151”, reforçou.
Polícia vai rastrear origem das mercadorias
O delegado adjunto da DECON, Khlisney Kesser, informou que a Polícia Civil agora vai investigar como os supermercados adquiriram os produtos.
“Vamos verificar a veracidade das notas fiscais e rastrear a origem do material com apoio da Secretaria da Economia. Esperamos que estes produtos não estejam sendo fabricados em Goiás, mas vamos identificar onde são produzidos”, disse.
Ele explicou que os envolvidos podem responder por crimes como:
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Falsificação de produtos
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Exposição de itens nocivos ao comércio
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Sonegação fiscal
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Lavagem de dinheiro
Perícia aponta adulteração em embalagens
O superintendente da Polícia Científica, Ricardo Matos, afirmou que os peritos atuam desde o início da operação utilizando técnicas como Luz Forense, que revelou falha em todos os selos de autenticidade analisados.
Foram enviadas 170 amostras para análise laboratorial, e os laudos devem ser entregues à Polícia Civil em até 10 dias.
Esquema envolve empresas laranjas, diz Economia
A Receita Estadual também participa das investigações. Segundo o superintendente de Fiscalização Regionalizada da Secretaria da Economia, Gustavo Henrique dos Reis Cardoso, o esquema utiliza empresas de fachada com “laranjas” para comercializar os produtos falsificados sem o pagamento de impostos.

“Esses itens prejudicam o consumidor, geram concorrência desleal e reduzem a arrecadação, afetando investimentos públicos. Estamos rastreando a origem dos produtos e orientando a população a desconfiar de preços muito abaixo do mercado”, disse.
Impacto econômico e proteção ao consumidor
Para o subsecretário de Atração de Investimentos e Negócios da SIC, Juliano Ricardo Fuganti Mendes, a operação reforça a segurança jurídica e protege o mercado goiano.
“Quando combatemos a falsificação, protegemos o consumidor, garantimos concorrência justa e fortalecemos empresas idôneas. A Cleansing Force demonstra o compromisso do Governo de Goiás com qualidade e confiança para quem investe e gera empregos”, afirmou.