O Goiás chega à última rodada da Série B em situação perigosa, mas controlável. Depois da vitória dramática sobre o Novorizontino e da entrada no G-4, o Verdão depende apenas de si para conquistar o retorno à Série A. A visita ao Remo, no Mangueirão, no domingo, às 16h30, será o capítulo decisivo de uma campanha marcada por oscilações, recuperação na reta final e forte pressão externa. Segundo cálculo do Gato Mestre, o time esmeraldino tem 54,19% de chances de acesso, percentual que reflete o equilíbrio extremo entre os concorrentes diretos.

Os números deixam claro que o cenário é realista, mas longe de ser confortável. A equipe de Fábio Carille chega aos 61 pontos com saldo modesto, detalhe que afeta a matemática em caso de empate. Ainda assim, o Goiás entra em campo com a vantagem de depender exclusivamente do próprio desempenho — e isso pesa em uma rodada onde todos jogam no mesmo horário e qualquer gol pode alterar posições.

Se vencer, os goianos garantem o acesso automaticamente, independentemente dos demais resultados. A conta é simples: o triunfo assegura, no mínimo, a quarta posição. Mas o empate abre um campo mais complexo. O Verdão sobe em duas situações específicas: se o Criciúma perder para o Cuiabá ou se a Chapecoense não vencer o Atlético-GO. Em ambos os casos, o resultado combinado manteria o clube goiano entre os quatro primeiros. O problema é que tanto Criciúma quanto Chapecoense jogam por objetivos pesados e chegam embalados. O risco existe, mas não é dominante.

A derrota, por outro lado, não oferece margem: elimina imediatamente o Goiás da disputa, já que o próprio Remo ultrapassaria a equipe. A força do Mangueirão, a mobilização dos paraenses e o histórico recente do adversário tornam esse cenário uma ameaça real, caso o time goiano vacile emocionalmente ou tecnicamente.

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O momento, portanto, exige frieza. O Goiás precisa administrar o peso da partida sem desorganizar a estrutura que encontrou nos jogos recentes. A defesa deve atenção aos cruzamentos e bolas paradas, enquanto o ataque precisa de eficiência, já que o Remo possui linhas compactas e costuma punir erros de transição.

Fato é que o destino está nas mãos do próprio Goiás. A última rodada não oferece espaço para cálculos prolongados: exige personalidade, precisão e controle emocional. E, pela primeira vez em semanas, o Verdão chega ao duelo decisivo dependendo apenas do que é capaz de construir dentro de campo.