Suspeito de matar advogado em Aparecida é transferido sob sigilo para Goiânia
Rafael Leandro, que confessou o crime, foi levado para a Casa do Albergado
O homem preso como suspeito de matar o advogado Pedro Henrique Lopes da Silva, 38, foi transferido sob sigilo para Goiânia na noite de sexta-feira (21/11). Rafael Leandro Carneiro, 32, havia sido detido no fim da semana passada em Mara Rosa, no Norte Goiano, e, segundo a investigação, planejava fugir para outro estado. Durante audiência de custódia em Uruaçu, a prisão dele foi convertida em preventiva, e o suspeito segue agora recolhido na Casa do Albergado, no Jardim Europa.
Antes de chegar à capital, Rafael passou rapidamente pela Central de Flagrantes de Aparecida de Goiânia. A Diretoria-Geral da Polícia Penal (DGPP) confirmou a transferência, mas não informou por que ele foi levado à Casa do Albergado, e não para a Casa de Prisão Provisória (CPP), unidade normalmente destinada a presos provisórios.
Investigação aponta possíveis cúmplices
O caso é investigado pelo Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia, que apura a participação de mais pessoas na morte do advogado. Imagens de câmeras de segurança, já em posse dos agentes, mostram Rafael e uma mulher entrando e saindo diversas vezes com o carro da vítima na casa onde ambos moravam, em Aparecida.
A Polícia também analisa o possível envolvimento de um terceiro homem no crime. As linhas de investigação correm sob sigilo.
Desaparecimento e morte de Pedro Henrique
Pedro Henrique, que atuava na área criminal, desapareceu na manhã do dia 15 de dezembro, após sair para encontrar um cliente em Aparecida. O corpo dele foi encontrado cinco dias depois, na zona rural de Goianira, às margens da GO-070.

No dia seguinte ao achado do corpo, policiais militares prenderam Rafael Leandro, que já era procurado. Ao ser abordado, o suspeito disse ter desferido uma facada no advogado após uma discussão, mas recusou-se a explicar o motivo.
A Polícia, porém, teve acesso a áudios em que Rafael faz ameaças à vítima e a familiares, o que reforça suspeitas sobre a motivação e a possível articulação do crime.