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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
HÁ PELO MENOS 2 ANOS

Trisal é preso suspeito de manter adolescente de 16 anos em cárcere privado, em Goiânia

Adolescente conseguiu fugir de casa e revelou ter sido mantida em cárcere por cerca de dois anos, sofrendo agressões graves

Bia Salespor Bia Sales em 24 de novembro de 2025
adolescente
A adolescente estava sendo mantida numa área de lavanderia nos fundos da casa.

Policiais militares do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) resgataram uma adolescente de 16 anos que, segundo investigações, viveu aproximadamente dois anos em cárcere privado no Setor Leste Vila Nova, em Goiânia. A jovem conseguiu fugir e pediu ajuda de uma vizinha, que acionou o pai que mora no Entorno do Distrito Federal. Em flagrante, foram presos a mãe da menina, o padrasto e uma terceira mulher que formavam o chamado “trisal”.

De acordo com o boletim da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO), a adolescente estava sendo mantida numa área de lavanderia nos fundos da casa — o espaço, de restrição, apresentava sinais de desnutrição e ferimentos pelo corpo. Peritos constataram agressões com fios de energia, pedaços de madeira e até queimaduras de cigarro. Se não realizasse os serviços domésticos exigidos, ela ficava sem alimentação por até três dias.

O pai da adolescente relatou que há meses não tinha notícias da filha, já que havia sido bloqueado das redes sociais e outros meios de contato. Ao tentar contato telefônico e via redes sociais, era informado pela mãe de que “ela estava bem”.

Agressões contra a adolescente

A conselheira tutelar designada para o caso descreveu uma rotina de castigos severos: a vítima era obrigada a passar a noite ajoelhada, sem poder tomar banho, entre outras imposições de agressão psicológica e física. A fuga só foi possível porque uma escada foi deixada no local onde ela estava confinada — ela a usou para ultrapassar a concertina do muro e alcançou a rua, onde pediu por ajuda.

De acordo com a polícia, imagens encontradas no celular da mãe mostram marcas das agressões, incluindo vergões e cicatrizes distribuídas pelo corpo da menina.

A jovem foi encaminhada ao Hospital Estadual da Mulher (HEMU) e ao Instituto Médico‑Legal de Goiás (IML) para exames e laudos.

A investigação está sob responsabilidade da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM), que apura os três suspeitos pela prática dos crimes de cárcere privado, tortura e maus-tratos à menor.

Prisão convertida em preventiva

Os três detidos tiveram, ainda no sábado (22), a prisão em flagrante convertida em preventiva.

Leia mais: Pai manda sequestrar filha para interná-la à força por disputa de herança, em Goiânia

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