O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
NADA DE "POLIAMOR"

Papa Leão XIV defende monogamia e diz que sexo não é só procriação

Nota Doutrinal surge como resposta ao crescimento de formas públicas de uniões não monogâmicas no Ocidente, especialmente as que se identificam como “poliamor”

Bia Salespor Bia Sales em 26 de novembro de 2025
monogamia
Nota Doutrinal apresentada pelo cardeal prefeito Victor Manuel Fernández foi aprovada pelo papa Leão XIV. (Imagem: Maria Grazia Picciarella / SOPA Images via Reuters Connect)

O Vaticano publicou um decreto aprovado pelo papa Leão XIV em defesa do relacionamento monogâmico. O documento afirma que a monogamia está “intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo”. A Nota Doutrinal, apresentada pelo cardeal prefeito Victor Manuel Fernández, surgiu após diálogos com bispos a respeito da poligamia em regiões africanas e também como resposta ao crescimento de formas públicas de uniões não monogâmicas no Ocidente, especialmente as que se identificam como “poliamor”.

No texto, o decreto afirma que “monogamia não é simplesmente o oposto da poligamia. É muito mais do que isso, e uma compreensão mais profunda permite-nos conceber o matrimônio em toda a sua riqueza e fecundidade”. A nota apresenta a monogamia como expressão plena da sexualidade dentro do vínculo conjugal — uma forma de vivência afetiva em que o outro não é tratado como posse ou objeto, mas reconhecido como alguém com quem se compartilha a vida de forma integral.

Monogamia e matrimônio

monogamia
(Imagem: Reprodução)

De acordo com o documento, a monogamia, a defesa da exclusividade, não está ligada apenas ao número de parceiros, mas ao sentido unitivo do matrimônio. “A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo”, reforça o texto, destacando que a sexualidade tem valor também quando orientada para o afeto, a comunhão e o fortalecimento da vida conjugal.

Outro ponto central é o aprofundamento do conceito de caridade conjugal, apresentado como o amor que eleva o matrimônio para além de um acordo humano. Para o Vaticano, a caridade no casamento não se restringe ao afeto emocional ou ao desejo, mas à união espiritual e voluntária entre o casal. “A caridade – incluindo a caridade conjugal – é uma união afetiva, entendendo-se aqui por ‘afetiva’ algo mais do que sentimentos e desejos: implica um vínculo afetivo entre quem ama e a coisa amada: na medida em que quem ama considera a pessoa amada como uma só consigo”, diz o decreto.

A nota reforça o entendimento de que a monogamia e a escolha pelo casamento sustenta a construção de um vínculo único e irrepetível entre duas pessoas, baseado em entrega recíproca e pertencimento. O documento, portanto, reafirma a posição doutrinal da Igreja ao defender que a sexualidade vivida dentro de um relacionamento exclusivo fortalece a união e expressa, segundo a Santa Sé, o sentido pleno da vida matrimonial.

Leia mais: Vaticano reforça que Jesus é o único Salvador e define limites para invocações à Virgem Maria

Siga o Canal do Jornal O Hoje e receba as principais notícias do dia direto no seu WhatsApp! Canal do Jornal O Hoje.
Tags:
Veja também