‘Pior momento da minha vida’, diz PM que salvou menina atingida por enxurrada em Goiânia
Sara foi levada ao Hospital de Urgências Otávio Lage (Hugol) e estava em coma e intubada até a atualização desta publicação
Durante as fortes chuvas que caíram no último sábado (6) em Goiânia, o segundo-sargento da Polícia Militar Alessandro Rodrigues Sales, de 51 anos, escutou gritos de socorro que vinham da rua localizada no setor Pedro Ludovico (em Goiânia). A quatro metros de distância de sua residência, crianças apavoradas alertavam que havia uma amiga deles presa debaixo do carro do vizinho. Foi aí que começou a experiência que o sargento classifica como a pior que ele já passou.
“Já tinha um rapaz sentado perto do carro, dizendo que não tinha encontrado ninguém ali. Eu corri pra lá e, no primeiro momento, também não achei. Pensei que a menina tinha passado por baixo e seguido pela correnteza”, conta o sargento em entrevista ao portal de notícias Mais Goiás. Foi então que ele teve a ideia de pedir para irmã Rosileila, que também mora no bairro, para estacionar o carro atravessado na rua, criando uma barreira que alterasse o fluxo da enxurrada.
Acesse também: Motorista fica ilhado na Marginal Botafogo em meio a chuva intensa que atinge Goiânia; veja vídeo
Com menos água, Alessandro passou o pé por baixo da porta do motorista e sentiu o corpo da menina e, mais que de imediato, o policial chamou todos os outros vizinhos para erguer o carro até que ele conseguisse tirá-la de lá. Quando a puxou, percebeu que o cabelo estava preso. Providenciaram uma faca e ele cortou o cabelo da pequena Sara com pressa. Tudo isso levou cerca de 15 minutos, considerado os mais longos da vida do sargento.
A menina foi levada para dentro da casa de Rosileila e Alessandro iniciou a massagem cardíaca. A garota estava muito machucada, roxa, e demorou a reagir à massagem, mas minutos depois o coração dela disparou.
A irmã tentava passar a ocorrência para o 190, mas, por conhecer todos os filtros que um denunciante precisa enfrentar para formalizar uma denúncia, o sargento pegou o telefone e se identificou como PM. A conversa rapidamente avançou, ele conversou com um médico socorrista e minutos depois os bombeiros chegaram. Sara foi levada ao Hospital de Urgências Otávio Lage e estava intubada até a atualização desta notícia.
Informações via Mais Goiás