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terça-feira, 9 de dezembro de 2025
ALARMANTE

Mortes de jornalistas em 2025 chegam a 67, maioria em Gaza

O balanço da RSF aponta que a Faixa de Gaza concentrou a maior parte das mortes, com 29 vítimas

Lalice Fernandespor Lalice Fernandes em 9 de dezembro de 2025
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Foto: UNRWA/ Wikimedia Commons

O balanço mais recente da Repórteres sem Fronteiras expõe um cenário de risco crescente para quem atua na imprensa mundial. Entre dezembro de 2024 e dezembro de 2025, 67 profissionais foram mortos diretamente por causa do trabalho. O levantamento aponta que a Faixa de Gaza concentrou a maior parte das mortes, com 29 vítimas em meio ao conflito entre Israel e Hamas. O documento aponta ainda que outros 503 profissionais estão presos, 20 permanecem como reféns e 135 seguem desaparecidos.

O levantamento mostra que, seguido de Gaza, está o México, que registrou nove mortes, e o Sudão, com quatro. Entre os 67 mortos, três eram mulheres e 64 homens. Já entre os presos, foram contabilizadas 77 mulheres e 422 homens. Todos os reféns identificados são homens, enquanto os desaparecidos somam nove mulheres e 126 homens.

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Jornalistas após ataque israelense que matou cinco profissionais em Gaza (Foto: Reprodução/ Al-Jazeera)

Além das mortes, há jornalistas presos e desaparecidos

A China aparece como o país que mais encarcerou jornalistas, com 121 prisões. A seguir vêm a Rússia, com 48, e a Birmânia, que soma 47 detidos. O governo de Vladimir Putin mantém atualmente 26 jornalistas estrangeiros presos, o maior número registrado no mundo, enquanto Israel detém 20.

A América Latina também apresenta índices preocupantes: 14 mortes no período, sendo nove no México e uma em Colômbia, Equador, Guatemala, Haiti e Honduras. A região reúne ainda um alto número de desaparecimentos, liderado pelo México, com 28 casos. Pelo menos 26 profissionais estavam detidos no subcontinente até 1º de dezembro de 2025.

Segundo a RSF, as principais causas das mortes foram ações do Exército de Israel, responsáveis por 43% dos casos, além da violência de cartéis e do crime organizado, que responde por 24%, e das ações do Exército russo, responsável por 4%. O total de mortos volta ao patamar de 2023, quando também foram registrados 67 casos, após queda para 66 em 2024.

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