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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
julgamento

Suspeito de assassinatos em série é julgado pela morte de jovem em Rio Verde

Rildo Soares dos Santos responde por homicídio, estupro e ocultação de cadáver pela morte de Elisângela, assassinada a caminho do trabalho em 2025

Micael Silvapor Micael Silva em 10 de dezembro de 2025
Rio Verde
Foto: Divulgação

O suposto assassino em série Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, começa a ser julgado nesta quarta-feira (10) pela morte de Elisângela Silva de Sousa, de 26 anos, ocorrida em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. A jovem foi encontrada morta em um lote baldio em setembro de 2025, após desaparecer enquanto seguia para o trabalho. Segundo o advogado de defesa, Nylson Schmidt, a atuação da defesa “não representa qualquer juízo de valor sobre os fatos, mas o cumprimento do dever constitucional de garantir o devido processo legal”.

Nesta fase do julgamento, Rildo responde pela suspeita de assassinato por asfixia, ocultação de cadáver, estupro e roubo. A defesa informou que não solicitará a absolvição do réu.
“A defesa está muito técnica, respeitando todas as provas dos autos. Não vamos pedir absolvição de forma alguma, mas que sejam preservados os direitos constitucionais, a ampla defesa e o contraditório”, afirmou o advogado.

O crime de Elisângela

De acordo com a Polícia Civil, Elisângela foi abordada por Rildo enquanto caminhava para o trabalho. O suspeito teria anunciado um assalto e obrigado a jovem a acompanhá-lo até um terreno baldio, onde foi agredida violentamente. O delegado Adelson Candeo explicou, na época, que o rosto e o crânio da vítima ficaram desfigurados.

 Rio Verde
Foto: Reprodução/TV Anhanguera

“A quantidade de lesões que a Elisângela tinha no rosto e no crânio deixa muito evidente que não foi um acidente. Ela foi agredida com extrema violência e extrema barbaridade”, disse o delegado à TV Anhanguera.
Ainda segundo a investigação, Rildo teria pressionado o pescoço da vítima com força, indicando possível intenção de matá-la por asfixia.

Versão do suspeito

Em depoimento, Rildo negou ter cometido violência sexual, mas confessou a ocultação de cadáver. Ele relatou à polícia que anunciou um assalto e que Elisângela teria entrado em luta corporal, caindo e batendo a cabeça. Segundo o delegado, o suspeito disse que retirou a calça da vítima para dificultar a localização, já que a peça era vermelha e contrastava com o terreno.
“Entretanto, o corpo dela estava completamente enterrado”, ressaltou Candeo.

Outros crimes atribuídos ao suspeito

Rildo também confessou ter estuprado e matado Monara Pires Gouveia de Moraes, de 31 anos, mulher em situação de rua encontrada morta em outro terreno baldio de Rio Verde. Segundo a denúncia, o crime ocorreu na madrugada de 7 de julho, no Bairro Popular, após Monara ser atraída para o local sob pretexto de consumo de drogas.
No terreno, ela foi atacada com golpes de ripa, estuprada e teve o corpo incendiado com o uso de uma cama box e um isqueiro.

O Ministério Público aponta que Rildo teria agido por motivo torpe, desconfiando que Monara havia roubado dinheiro da casa onde ele morava. As acusações incluem feminicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver.

Nota da defesa

Em nota, o advogado Nylson Schmidt afirmou que a defesa atua estritamente para garantir os direitos constitucionais do réu.
“A atuação da defesa não representa qualquer juízo de valor sobre os fatos, mas o cumprimento do dever constitucional de garantir o devido processo legal. A Justiça se constrói com equilíbrio, respeito às vítimas, à sociedade e às garantias legais”, declarou.

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