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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Saúde

Início do verão reacende debate sobre cuidados contra o câncer de pele

Neste verão é recomendado evitar a exposição ao sol no período entre 10h e 16h

Leticia Mariellepor Leticia Marielle em 10 de dezembro de 2025
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No verão bronzeado sem proteção pode elevar o risco de câncer. Reprodução/Freepik

Com a chegada de dezembro, o país não apenas se prepara para as altas temperaturas do verão, mas também volta sua atenção para a maior campanha nacional dedicada à prevenção do câncer de pele: o Dezembro Laranja. A iniciativa ganha peso em um cenário em que o Brasil figura entre as regiões com maior incidência de radiação solar no mundo, um fator que mantém a doença no topo das estatísticas oncológicas nacionais. Todos os anos, milhares de brasileiros recebem um diagnóstico que, em grande parte dos casos, poderia ter sido evitado com cuidados cotidianos.

A radiação ultravioleta (UV), principal responsável pelos danos celulares que levam ao câncer de pele, age de forma cumulativa. Mesmo exposições breves, quando repetidas ao longo da vida, provocam alterações no DNA das células da pele, abrindo caminho para o desenvolvimento de tumores.

Esse risco se intensifica em um país de clima predominantemente quente, onde a exposição ao sol faz parte da rotina, seja no lazer, no trabalho ao ar livre ou em trajetos diários aparentemente inofensivos. Hoje, os carcinomas de pele não melanoma representam cerca de um terço de todos os tumores malignos registrados no Brasil.

A manutenção de hábitos como buscar o bronzeado sem proteção, aplicar protetor solar apenas esporadicamente ou ignorar a necessidade de reaplicação contribui para elevar o risco. Pessoas de pele e olhos claros, idosos e indivíduos com histórico familiar da doença compõem os grupos mais vulneráveis.

Sinais que merecem atenção

Entre os diferentes tipos de câncer de pele, três aparecem com maior frequência: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma, este último menos comum, porém reconhecido pela alta agressividade. Para auxiliar na identificação precoce de sinais suspeitos, especialistas costumam recorrer à chamada regra do ABCDE, um método que avalia assimetria, irregularidade das bordas, variação de cores, diâmetro acima de 6 milímetros e alterações recentes na aparência de pintas ou manchas.

Além dessas características, outros indícios podem indicar a necessidade de avaliação médica, como feridas que não cicatrizam, lesões que apresentam sangramento fácil, áreas persistentemente avermelhadas ou o surgimento de nódulos escuros. A detecção precoce continua sendo determinante: quanto mais cedo o diagnóstico é estabelecido, maiores são as chances de um tratamento menos complexo e de cura completa.

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Prevenir ainda é a forma mais eficaz de reduzir o avanço do câncer de pele no verão. | Foto: Reprodução/Freepik

A mensagem central do Dezembro Laranja é clara: prevenir ainda é a forma mais eficaz de reduzir o avanço do câncer de pele, e essa proteção começa no cotidiano. A adoção de hábitos simples, como aplicar protetor solar de fator 30 ou superior e reaplicá-lo ao longo do dia, especialmente a cada duas ou três horas, desempenha papel fundamental na redução dos danos causados pela radiação ultravioleta.

Também é recomendado evitar a exposição ao sol no período entre 10h e 16h, faixa em que a incidência de raios UV atinge seus níveis mais altos. Roupas com proteção UV, chapéus de aba larga e óculos escuros reforçam a barreira contra os efeitos nocivos da luz solar. Manter boa hidratação diária e afastar-se de métodos de bronzeamento artificial, proibidos no Brasil devido ao alto potencial cancerígeno, completa o conjunto de medidas essenciais para a prevenção.

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