Mabel prorroga por 180 dias estado de calamidade na Saúde de Goiânia
Déficit de R$ 200 milhões, falta de insumos e contratos instáveis impedem retomada plena da rede municipal
O prefeito Sandro Mabel decidiu manter, por mais 180 dias, o estado de calamidade pública na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia. A medida, oficializada pelo Decreto nº 2.860/2025, foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (10) e já está em análise pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O novo período de vigência começa em 1º de janeiro de 2026.
Dívidas e falta de estrutura ainda paralisam serviços de saúde
Apesar de alguns avanços registrados ao longo do ano, a gestão reconhece que a rede municipal ainda enfrenta limitações severas. Segundo o decreto, dificuldades financeiras e operacionais persistentes impedem a retomada completa das ações essenciais de saúde.
O município relata ter herdado dívidas próximas de R$ 200 milhões com prestadores do SUS. Desse total, apenas metade foi renegociada e está em fase inicial de pagamento. Além disso, há um volume significativo de restos a pagar registrado pelo Fundo Municipal de Saúde, o que pressiona ainda mais a estrutura financeira da secretaria.
Mabel destaca impactos diretos na rede de atendimento
As pendências afetam diretamente o caixa do Fundo de Saúde e comprometem despesas básicas. Como consequência, a pasta ainda enfrenta falhas no abastecimento de medicamentos e insumos, instabilidade em contratos essenciais e dificuldades para executar ações estruturantes previstas para reorganizar o sistema.
A Prefeitura afirma que continua adotando medidas para recuperar a capacidade operacional da rede. No entanto, avalia que o conjunto de problemas acumulados ao longo de gestões anteriores e o impacto dos débitos ainda inviabilizam uma retomada normal.