Alexandre Melo relembra início, viradas e influências musicais
Episódio do Manda Vê percorre da adolescência aos palcos
O podcast Manda Vê recebeu, na última segunda-feira (15), o cantor Alexandre Melo em um episódio dedicado à reconstrução de sua trajetória na música. Ao longo do programa, o artista revisitou o início ainda na adolescência, as diferentes formas de atuação ao longo da carreira e o caminho que o levou à profissionalização no sertanejo.
Os primeiros contatos com a música
Alexandre contou que começou a cantar aos 14 anos, durante uma confraternização familiar. Na ocasião, um amigo músico de seu pai levou um violão para a reunião e, ao final do encontro, o incentivou a cantar. Segundo relatou, aquela foi a primeira vez que se apresentou diante de outras pessoas. A reação positiva dos presentes e o incentivo recebido naquele momento despertaram o interesse pela música. Pouco tempo depois, ganhou o primeiro violão e passou a aprender de forma autodidata.
Apesar de o pai ter sido músico quando jovem e atuar profissionalmente com equipamentos de som, Alexandre afirmou que não cresceu em um ambiente de prática musical cotidiana. A aproximação com a música ocorreu mais pela escuta constante e pela convivência com amigos músicos do que por uma formação familiar direta. Ainda adolescente, passou a cantar em colégios, apresentações informais e pequenos eventos.
Da faculdade aos primeiros shows pagos
A transição para a atividade profissional ocorreu aos 17 anos, quando passou a realizar os primeiros shows remunerados. Até então, as apresentações não envolviam cachê e tinham caráter experimental, voltadas sobretudo ao aprendizado e à vivência de palco. Nesse período, conciliava a música com a rotina acadêmica e o trabalho formal. Cursava Engenharia Cartográfica e Agrimensura e atuava como auxiliar administrativo em uma empresa ligada à área de licitações, função que exigia jornada fixa e responsabilidades burocráticas. Por alguns anos, foi necessário administrar simultaneamente faculdade, expediente regular e apresentações musicais, até que o aumento da procura por shows tornou a conciliação inviável e o levou a priorizar definitivamente a carreira artística.
Alexandre e a fase como DJ
Antes da dedicação integral ao sertanejo, Alexandre passou por uma fase como DJ. Segundo ele, o interesse pela música eletrônica surgiu ainda na infância, influenciado por primos e pelo hábito de ouvir diferentes estilos musicais desde cedo. Ainda jovem, passou a consumir o gênero de forma recorrente e desenvolveu familiaridade com o ritmo e a dinâmica das pistas.
A atuação como DJ teve início por volta de 2017, com apresentações em festas universitárias, choppadas e eventos de grande porte ligados ao meio acadêmico. Entre essas experiências, citou participações no Inter UFG, onde chegou a tocar em diferentes edições. Nesse período, conciliava as duas frentes: em alguns eventos, se apresentava exclusivamente como DJ; em outros, alternava entre a discotecagem e o canto; e havia situações em que era anunciado simultaneamente nos materiais de divulgação como cantor e DJ, o que gerava surpresa entre o público.
Essa dupla atuação se estendeu por alguns anos e marcou uma fase de experimentação artística. A vivência como DJ, segundo relatou, contribuiu para ampliar sua escuta musical e sua percepção de público, aspectos que mais tarde passaram a influenciar a forma como constrói repertório e conduz apresentações ao vivo.
A formação da dupla e a retomada pós-pandemia
A formação da dupla com Maycon ocorreu de maneira espontânea, a partir de encontros informais e apresentações conjuntas. Alexandre relatou que a decisão de transformar a parceria em um projeto profissional foi rápida. Ainda antes de uma rotina consolidada em bares, a dupla gravou o primeiro trabalho audiovisual durante a pandemia, período em que os shows presenciais estavam suspensos.
A entrada no circuito de barzinhos veio posteriormente, com a retomada gradual das atividades presenciais. Até então, explicou, a atuação estava concentrada em eventos universitários, festas privadas e apresentações pontuais. A presença regular nesses espaços ampliou a frequência de shows e a visibilidade do projeto.
Referências musicais e próximos passos
As referências musicais surgem como fio condutor da trajetória narrada. Alexandre citou Zezé Di Camargo como o maior nome da história do sertanejo, destacando a relevância da trajetória e das composições. Em relação a timbre e estilo vocal, mencionou Mato Grosso & Mathias, Bruno & Marrone, Guilherme & Santiago, Gian & Giovani e Marrone, artistas que, segundo ele, influenciaram diretamente sua construção vocal. Também apontou Luan Santana como referência contemporânea, especialmente pela maneira como organiza repertório e estrutura a carreira artística.
Ao tratar dos próximos compromissos, Alexandre anunciou apresentação aberta ao público no Barzim do Marista, marcada para a sexta-feira, dia 19, a partir das 19h. O cantor convidou os ouvintes a acompanharem o show, que terá repertório voltado à música sertaneja e ao formato de bar.

LEIA MAIS: https://ohoje.com/2025/12/03/joao-paulo-e-britney/