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terça-feira, 16 de dezembro de 2025
Apoio para 2026

Encontro sinaliza apoio a Daniel, enquanto Marconi quer emedebistas insatisfeitos

Ao mesmo tempo em que tucano fala
em legado de Iris Rezende, cúpula do
MDB mostra coesão com vice-governador

Thiago Borgespor Thiago Borges em 16 de dezembro de 2025
Cúpula do MDB reafirma apoio a Daniel em meio às investidas de Marconi
Foto: Jota Eurípedes

A cúpula do MDB em Goiás, liderada pelo vice-governador Daniel Vilela, deu um recado político neste último fim de semana. O ex-senador Mauro Miranda (MDB) visitou o assessor especial do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), Paulo Ortegal, que é uma das lideranças do MDB goiano e historicamente ligado ao ex-governador Iris Rezende. No encontro, que aconteceu no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, Miranda reafirmou seu apoio integral ao projeto de Vilela em 2026. 

O aceno aconteceu em um momento em que o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que tenta aglutinar lideranças em torno de seu projeto político que visa o retorno ao Palácio das Esmeraldas e a reconstrução do tucanato goiano, busca articular com emedebistas insatisfeitos e mais distantes do grupo palaciano. 

Recentemente, Marconi angariou o apoio de Felipe Cecilio, suplente na Câmara dos Deputados que deixou o MDB e filiou-se ao PSDB, e do ex-deputado estadual Henrique Arantes, presidente do MDB de Senador Canedo. Além disso, o ex-governador recebeu apoio de suplentes de vereadores do MDB de alguns municípios. 

Em vídeos publicados nas redes sociais, o ex-governador deixa claro que busca alinhar sua imagem à do ex-governador Iris Rezende, além de lembrar que iniciou sua vida pública como emedebista. Em uma das postagens, o tucano é tratado como um “tocador de obras, assim como Iris foi”, pelos apoiadores. 

A postura de Marconi gerou reação de Daniel, que disse, em entrevista recente, que o ex-governador buscava “se escorar” em um legado político que não lhe pertencia e afirmou que o tucano não possui “nenhum tipo de respaldo das verdadeiras lideranças de prestígio” do MDB. 

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Euler Morais e Pedro Chaves | Fotos: Reprodução e Carlos Moura/Agência Senado

Em contato com a reportagem do O HOJE, o ex-deputado federal Euler Morais (MDB) declarou que as afirmações do vice-governador “expressam bem o pensamento da grande maioria dos filiados” da legenda. Morais classificou como “esdrúxula” a tentativa do ex-chefe do Executivo estadual de “apropriação do legado de Iris”. 

“O Marconi sempre se colocou como um opositor da vida política do Iris. Essa tentativa de aproximação agora parece uma estratégia para gerar confusão, especialmente entre pessoas mais jovens que não acompanharam toda essa trajetória histórica”, ressaltou Euler. 

Suplente no Senado Federal e pertencente ao grupo político do vice-governador, Pedro Chaves (MDB) tratou o movimento do ex-governador com naturalidade. “O ex-governador Marconi está no papel dele, buscando apoio onde acha que pode encontrar”, destacou o político em conversa com a reportagem do O HOJE. 

Tamanho do MDB é fator

Chaves também ressaltou que pelo tamanho do partido, o maior em número de filiados em Goiás, não é possível “agregar todo mundo”. “Muitas vezes, algumas pessoas se sentem insatisfeitas, não atendidas e se rebelam. Isso é da política”, afirmou o emedebista. 

Morais seguiu na linha de pensamento de Chaves. “É claro que algumas pessoas, às vezes por se sentirem um pouco afastadas do dia a dia do partido, ou acharem que não estão tendo um espaço que gostariam de ter, podem buscar uma forma de afirmação de poder”, frisou. 

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