Atlético-GO se tornou um grande vendedor e lucra R$ 30 milhões
Com planejamento, leitura de mercado e decisões estratégicas, o Atlético-GO deixa claro que, além de competir dentro de campo, tornou-se referência fora dele — consolidando-se como o principal vendedor de jogadores do futebol goiano
Nos últimos anos, o Atlético-GO vem se afirmando como o clube goiano mais eficiente na valorização e comercialização de atletas. Com uma estratégia bem definida, baseada na contratação de jogadores prontos, contratos longos e empréstimos estratégicos, o Dragão transformou seu departamento de futebol em uma verdadeira plataforma de negócios, capaz de gerar receitas expressivas e recorrentes.
O caso mais recente é o do goleiro Ronaldo, vendido em definitivo ao Bahia por R$ 5 milhões. Contratado em 2022 como terceira opção para a posição, o jogador ganhou espaço, assumiu a titularidade, tornou-se liderança no elenco e despertou o interesse do mercado. O Bahia adquiriu 80% dos direitos econômicos do atleta, que assinou contrato até 2029, confirmando mais uma negociação bem-sucedida do rubro-negro.
Modelo de negócio do Atlético-GO
Ronaldo é apenas um exemplo de um modelo que vem se repetindo no Atlético-GO. Atletas como Wellington Rato, Everaldo, Gil, Fábio Lima e Brandão seguiram caminhos semelhantes: chegaram com rodagem, renderam esportivamente e, posteriormente, foram negociados, garantindo retorno financeiro ao clube. Mais recentemente, o atacante Léo Pereira, que estava no CRB, foi vendido ao CSKA Sofia, da Bulgária, por R$ 5,2 milhões. O Dragão, detentor de 50% dos direitos, faturou cerca de R$ 2,6 milhões na transação.
Outro ativo valorizado é o zagueiro Alix Vinícius, emprestado ao Red Bull Bragantino, onde disputou 11 partidas na Série A. Segundo o presidente Adson Batista, o clube paulista já manifestou oficialmente o interesse em exercer a opção de compra para 2026. Contratado em 2023 por aproximadamente R$ 3,5 milhões, o defensor hoje tem passe avaliado em cerca de R$ 12 milhões, o que pode gerar um lucro significativo ao Atlético-GO.
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Além de Alix, o clube também observa com atenção o mercado em torno de Gabriel Baralhas e Lucas Gazal. Baralhas, emprestado ao Vitória, pertence majoritariamente ao Dragão (70% dos direitos) e está avaliado em cerca de R$ 10 milhões, com prioridade de compra para o clube baiano. Já Gazal, que atuou pelo Fortaleza, apesar do rebaixamento, segue valorizado e pode render até 1 milhão de euros (mais de R$ 6 milhões), com sondagens de clubes do México e dos Emirados Árabes.
Expectativa de milhões
A expectativa interna é de que o Atlético-GO ultrapasse a marca de R$ 30 milhões em vendas envolvendo atletas emprestados ou formados dentro desse modelo de mercado. Mesmo jovens revelações, como o atacante Yuri Alves, de 19 anos, já despertam interesse de clubes como Palmeiras e Botafogo, com possibilidade de lucro imediato ou valorização futura.
Com planejamento, leitura de mercado e decisões estratégicas, o Atlético-GO deixa claro que, além de competir dentro de campo, tornou-se referência fora dele — consolidando-se como o principal vendedor de jogadores do futebol goiano.