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segunda-feira, 29 de dezembro de 2025
Acordo bilionário

Disney investe em IA e redefine o futuro do audiovisual

Acordo bilionário com a OpenAI autoriza uso controlado de personagens e sinaliza nova estratégia dos grandes estúdios

Luana Avelarpor Luana Avelar em 29 de dezembro de 2025
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Foto: Divulgação

O investimento de US$1 bilhão da Disney na OpenAI marca uma mudança de rumo na relação entre grandes estúdios e a inteligência artificial generativa. Anunciado na última semana, o acordo permite que cerca de 200 personagens dos universos Disney, Pixar, Marvel e Star Wars sejam utilizados pelo Sora, plataforma de criação de vídeos por IA, com estreia prevista para 2026.

A parceria autoriza a produção de vídeos curtos para redes sociais que incluem personagens, cenários, figurinos e elementos icônicos dessas franquias. O contrato, no entanto, exclui o uso de semelhança física ou voz de atores associados às obras. Em contrapartida, a Disney passa a ter acesso às APIs da OpenAI para desenvolver experiências próprias, inclusive para o Disney+, além de liberar o uso do ChatGPT por seus funcionários. O investimento também prevê a possibilidade de ampliação futura da participação acionária da empresa na OpenAI, condicionada a negociações internas.

O movimento chama atenção por romper com a postura cautelosa que marcou a atuação dos estúdios nos últimos anos, período em que a IA foi tratada sobretudo como ameaça aos direitos autorais e à integridade criativa. Ao firmar um acordo formal, a Disney opta por atuar de forma direta no ecossistema tecnológico, buscando influência em vez de contenção.

No plano criativo, a decisão reforça a transformação dos personagens em ativos simbólicos capazes de circular por múltiplos formatos e plataformas. A IA acelera esse processo ao permitir testes rápidos, variações narrativas e conteúdos mais adaptáveis a diferentes públicos, encurtando ciclos de produção.

Do ponto de vista jurídico, o contrato redefine o uso da propriedade intelectual por sistemas generativos. A IA passa a operar como agente autorizado dentro da cadeia econômica do estúdio, com limites claros de escopo e finalidade. O acordo não resolve disputas estruturais do setor, mas sinaliza um novo padrão de mercado, no qual a inteligência artificial deixa de ser apenas risco e passa a integrar as estratégias centrais da indústria cultural.

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Foto: Pixabay

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