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quarta-feira, 31 de dezembro de 2025
ESCALADA DE TENSÕES

Novas movimentações marcam tensão entre Trump e Maduro

Ataque a porto venezuelano e novas sanções marcam escalada das ações dos EUA contra presidente venezuelano e aliados

Lalice Fernandespor Lalice Fernandes em 31 de dezembro de 2025
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As tensões entre Estados Unidos e Venezuela aumentaram após ações recentes do governo Trump que incluem um ataque militar em território venezuelano, novas sanções econômicas e o reforço da presença militar dos EUA no Caribe.

Na véspera de Natal, os EUA realizaram um ataque contra um porto no litoral da Venezuela. O presidente Donald Trump confirmou a operação e afirmou que o local era usado para o carregamento de drogas. Segundo o jornal The New York Times, a ação foi planejada e executada pela Agência Central de Inteligência (CIA) e teve como alvo um complexo de armazenamento e embarque de entorpecentes. Autoridades norte-americanas disseram que não havia pessoas no local no momento do ataque e que não houve mortos. O governo venezuelano não comentou oficialmente a operação. Após o ataque, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, afirmou que a Venezuela vem sendo alvo de assédio, ameaças e ataques, sem citar diretamente o porto atingido.

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Ataque a uma embarcação acusada de narcotráfico (Foto: Reprodução/ @SecWar)

Movimentações do governo de Donald Trump

A operação ocorreu em meio ao aumento da presença militar dos EUA na região. Há cerca de quatro meses, Washington iniciou a concentração de forças no Caribe, próximo à costa venezuelana, com o objetivo declarado de combater cartéis de narcotráfico na América do Sul. A movimentação incluiu o envio do grupo de combate do porta-aviões USS Gerald Ford e a concentração de aviões de transporte e de ataque em Porto Rico.

Nesse período, o governo Trump anunciou uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, apontado pelos EUA como líder de um governo associado ao crime organizado. Washington também classificou formalmente o grupo Tren de Aragua como “narcoterrorista”.

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Gustavo Petro (Foto: Coronados03/ Wikimedia Commons)

Petro afirma que EUA bombardearam uma fábrica venezuelana

As ações dos EUA tiveram repercussão regional. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que os EUA bombardearam uma instalação que seria usada para a produção de cocaína na Venezuela, na região de Maracaibo.

Em publicação no X, disse: “Sabemos que Trump bombardeou uma fábrica em Maracaibo; tememos que lá misturem pasta de coca para produzir cocaína e se aproveitem da localização de Maracaibo à beira-mar”. Petro não apresentou provas nem informou quando o ataque teria ocorrido. Até o momento, Donald Trump confirmou apenas a operação contra o porto venezuelano.

Ainda, na terça-feira (30), durante a inauguração da Escola Internacional da Liderança Feminina, em Arágua, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reagiu às acusações contra seu governo e criticou a cobertura da imprensa norte-americana sobre o país. Em discurso, afirmou que “os Estados Unidos querem nos vetar e só divulgam notícias falsas e guerras contra um país nobre como a Venezuela” e disse que “tudo o que dizem é mentira”. Maduro não fez referência direta ao ataque ao porto nem às operações militares em território venezuelano.

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Foto: Divulgação/ Kremlin

Além das operações militares, os EUA anunciaram novas sanções. O governo norte-americano impôs medidas contra dez pessoas e empresas do Irã e da Venezuela acusadas de contribuir para o comércio de drones e para o programa de mísseis balísticos iraniano.

Entre os alvos estão uma empresa venezuelana e seu presidente, além de três iranianos ligados à tentativa de aquisição de produtos químicos usados na fabricação de mísseis. As sanções bloqueiam bens nos EUA e proíbem cidadãos norte-americanos de manter negócios ou realizar operações financeiras com os sancionados. O Tesouro está responsabilizando Irã e Venezuela pela proliferação de armas ao redor do mundo, afirmou o subsecretário John K. Hurley.

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